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Brasileiro vira herói no México ao fazer o que Ronaldinho não conseguiu

Tiago Volpi em ação pelo Querétaro - Maria Calls/AFP
Tiago Volpi em ação pelo Querétaro Imagem: Maria Calls/AFP

10/11/2016 08h00

Brasileiro, ídolo no México, principal jogador do Querétaro e protagonista na conquista do primeiro título da equipe em sua história. O goleiro Tiago Volpi deu ao time mexicano o que Ronaldinho Gaúcho não conseguiu em 2014/15: a glória. Foram duas defesas e um gol marcado pelo defensor na decisão por pênaltis, contra o Guadalajara, na final da Copa do México, semana passada.

Ele, entretanto, ainda não se vê como ídolo. Em contato com a reportagem do LANCE!, o ex-goleiro do Figueirense acha que o status virá com o tempo de México.

"Não sei, [ídolo] me parece uma palavra muito forte. Tem que ganhar coisas, vem com o tempo... Acho que se seguir com esse bom trabalho, dá para assumir esse papel. Tenho um carinho enorme pela torcida, pelo clube", justifica-se.

Justamente Ronaldinho Gaúcho, por Twitter, foi quem parabenizou Tiago Volpi pela atuação na final da Copa do México. Orgulhoso, o goleiro brasileiro reconhece a importância de suas defesas e os comentários dos amigos pela lembrança do ex-camisa 10 do Brasil.

"Pô, todo mundo me ligou, falou que o Ronaldinho tinha me citado no Twitter dele, eu nem cheguei a ver na hora, mas foi bastante comentado. Jogamos juntos em 2015, fomos vice-campões nacionais", disse.

Mesmo satisfeito com a vida no México e a ascensão na carreira, uma coisa ainda preocupa Volpi, que teve destaque atuando pelo Figueirense em 37 das 38 partidas do Campeonato Brasileiro de 2014: a falta de visibilidade do futebol mexicano no Brasil, algo que afasta suas chances servir à Seleção Brasileira.

"Sonho de ser convocado todo jogador tem. O único empecilho que eu vejo é que no Brasil não se olha muito para cá. Isso me afasta", diz.

E justifica: para Volpi, o futebol mexicano em nada deve ao nosso. Muito pelo contrário!

"Posso afirmar que o México está uns cinco passos à frente do Brasil. Aqui, não se atrasa salário, se joga uma vez por semana, tem organização, logística. O presidente é o direto responsável pelas finanças do clube. Muito mais evoluído do que nós", disse.

BATE-BOLA: TIAGO VOLPI, GOLEIRO DO QUERÉTARO, AO L!

Você sempre treinou cobranças de pênalti na carreira?
Desde a época do Figueirense eu treino. Sempre gostei de fazer isso no final do dia, brincar com os outros goleiros. Quando pintou a chance, meu treinador lembrou disso e me escalou para bater. Eu estava pronto.

E desde que chegou ao clube sempre foi o goleiro titular?
Já cheguei de titular, sim. Posso dizer que estou muito feliz. Minha família adaptada. Cidade tranquila, minha filha acabou de nascer...

E pretende voltar ao Brasil?
Eu tinha contrato aqui até o fim de 2017, agora renovamos por mais três anos. Estou bem aqui, jogando.

Mantém contato com o Alex Muralha, ex-Figueirense e hoje goleiro de Flamengo e Seleção?
A gente chegou a jogar junto um ano, tenho acompanhado, sim. Acabamos seguindo caminhos diferentes. Tenho visto os jogos do Campeonato Brasileiro, sei que ele foi convocado e também tem ido muito bem no clube. Tento ver o máximo de jogos daí.

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