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Dani Alves se compara a Picasso na seleção: "Quem me decifra, gosta"

"Como pessoa, eu sou como o Picasso. Quem consegue me decifrar, gosta de mim" - Pedro Martins/Mowa Press
'Como pessoa, eu sou como o Picasso. Quem consegue me decifrar, gosta de mim' Imagem: Pedro Martins/Mowa Press

12/11/2016 16h09

A personalidade forte, a forma excêntrica de se vestir e as declarações polêmicas talvez sejam os atributos mais marcantes de Daniel Alves. Prestes a completar a 100ª partida pela seleção brasileira, o lateral direito conversou com a imprensa no hotel que hospeda a delegação da CBF em Belo Horizonte e não fugiu de divididas.

Ciente de que seu estilo o afasta muitas vezes dos fãs, o atleta da Juventus se compara ao pintor espanhol Pablo Picasso.

"Como pessoa, eu sou como o Picasso. Quem consegue me decifrar, gosta de mim. Quem não consegue me decifrar, não paga milhões por mim", disse.

Em 99 partidas com a camisa pentacampeã mundial, Dani Alves obteve 68 vitórias, 18 empates e 13 derrotas. O atleta ainda estufou as redes adversárias em sete oportunidades. Às vésperas do duelo centenário, o jogador se lembra do dia em que se despediu dos pais no interior da Bahia para dar os primeiros passos no futebol.

"É uma alegria muito grande, uma satisfação chegar nessa marca. Às vezes não cai a ficha de tantas coisas boas que vivi e estou vivendo na seleção. Desde os 15 anos, quando deixei meus pais, sabia que não ia voltar com nada diferente do que um profissional, alguém que procurasse sempre dar o seu melhor em cada momento, mesmo que em certas ocasiões o seu melhor não é suficiente. Sou um privilegiado de estar aqui, porque muitos têm qualidade para estar na seleção e eu sou um escolhido", comentou.

Após a eliminação na fase de grupos da Copa América Centenário, em julho passado, nos Estados Unidos, o lateral direito disse que não estava feliz na seleção Brasileira. A declaração foi suficiente para dar início às especulações sobre uma possível aposentadoria. Ele garante que jamais cogitou isso.

"Eu nunca pensei em abandonar meu sonho e a seleção brasileira. Quando fomos eliminados, não que eu não queria vir mais para a seleção brasileira, mas pior do que aquilo não conseguiríamos fazer. Pensava que alguém com uma perspectiva melhor e grande ia ser melhor. Às vezes a gente é muito limitado no que faz, por isso minha declaração de que não estava feliz, porque queria mudança. Aqui é um conjunto, e se o conjunto não está bem, não me deixa feliz", concluiu.