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'O Barça sente muita a falta de Messi porque o sistema é armado para ele'

20/11/2016 14h26

O Real Madrid é a equipe da Europa que menos se esforça para fazer um gol. Se afastou do Barcelona por quatro pontos e do Atlético, por nove pontos, com os três gols de Cristiano Ronaldo. O primeiro, de falta; o segundo, de um pênalti inexistente e o terceiro em um contra-ataque fulminante puxado por Bale. O Atlético proporcionou impressionantes 20 minutos iniciais do segundo tempo, mas não serviu de nada. Já o Barça jogou muito melhor que um Málaga que se defendeu bem demais e empatou uma partida que devia ser assaltado fora de casa. Os melhores do confronto foram Kameni e Piqué. Este é um fato significativo.

A semana do parque temático de Piqué culminou com o zagueiro como grande protagonista, de atacante, tentando finalizar todas as bolas alçadas. O recurso de Piqué, pelo menos, serviu para dar uma sensação que havia um centroavante que poderia causar perigo. Alcácer não consegue de jeito nenhum justificar sua contratação (junto ao Valencia). As ausências de Messi, Suárez e Iniesta se elevaram exponencialmente, com pouca capacidade ofensiva. O Barça sente muito a falta de Leo porque o sistema da equipe é armado para ele. Messi e Iniesta são perfeitos para momentos inconstantes.

Contudo, os blaugranas mereciam vencer sem eles. Chutaram 28 vezes e o árbitro ainda anulou um gol legal de Piqué. O resultado final, no entanto, foi nefasto, como quase sempre acontece depois do vírus Fifa. Ainda resta muito, mas a equipe de Luis Enrique deve se superar. É possível.

 

* Santi Nolla é diretor do jornal catalão Mundo Deportivo