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Corinthians teme que 'turbilhão negativo' afete a próxima temporada

24/11/2016 08h00

Imagine que você é o diretor de marketing de uma grande empresa disposta a investir em futebol. Mais especificamente no Corinthians, o atual campeão brasileiro, de grande torcida. Em suas buscas por informação em sites de pesquisa e portais esportivos você depara com o nome do Timão ligado aos seguintes temas: Operação Lava Jato, impeachment presidencial, estádio ameaçado, atraso de salários, protestos de torcida...

O noticiário negativo do Corinthians é uma constante em 2016. E motivo de preocupação para os profissionais do marketing, que buscam ações, patrocinadores, receitas e até soluções financeiras.

Por um lado, há contratos de longo prazo, como o com a Apollo Sports (costas da camisa), com validade por três anos. Por outro, Special Dog, Tim e Caixa têm vínculos com o Timão vencendo em breve. Os naming rights da Arena também seguem sem ser negociados...

- Até agora, em relação à marca Corinthians, não perco oportunidades de venda, então não impactou. E espero que esse movimento infeliz que vem sendo feito não impacte - diz o superintendente de marketing do Timão.

Por sua vez, o gerente de futebol do clube, Alessandro Nunes, afirma que tais questões não irão afetar. Contudo, ele sabe que uma eventual ausência na Copa Libertadores de 2017 dificultará a busca por reforços, afinal, a verba disponível será menor, bem como o interesse dos atletas em defender o clube.

O turbilhão negativo do Corinthians dentro e fora de campo - neste momento, inclusive, a equipe não faz parte do grupo que se classificaria à Libertadores - é motivo de preocupação em todas as esferas. O último grande efeito foi o pedido de conselheiros pelo impedimento do presidente Roberto de Andrade, que será apreciado na Comissão de Ética do Conselho Deliberativo do clube. O caso segue.

O Corinthians busca evitar novas pautas negativas. Para a torcida, bom início é a vaga na Libertadores de 2017. Vale o investimento?