Topo

Alívio! Além do acesso, Vasco escapa de prejuízo financeiro

26/11/2016 19h46

Na parte técnica, não se tem dúvida em relação a quão prejudicial seria para o Vasco permanecer mais um ano na Série B. Contudo, o acesso conquistado pelo Gigante da Colina neste último sábado - para alívio do torcedor cruz-maltino, que lotou o Maracanã - promete também aliviar os cofres do clube de um prejuízo histórico.

A primeira seria em relação ao patrocínio. Em 2015, o Vasco recebeu R$ 15 milhões da Caixa pelo patrocínio master. Com o rebaixamento, o clube assinou novo acordo, reduzindo pela metade o valor - R$ 7,5 milhões - por um ano, além de um bônus de R$ 1,5 milhões pelo acesso, agora assegurado após a vitória diante do Ceará. Se tivesse ficado na Série B, o valor não seria recebido e a possibilidade do acordo diminuir era ainda maior. Agora, deve ocorrer uma renegociação com a estatal, já que o Cruz-Maltino disputará a primeira divisão em 2017. O acesso facilitará também acordos com outras empresas, o que não aconteceu neste ano.

O desafogo financeiro também tem relação com as cotas de televisão. Caso o Vasco não tivesse garantido o acesso - permanecendo pelo segundo ano consecutivo na B - o contrato previa uma redução de 25% das cotas. Nessas condições, o valor recebido anualmente pelo Cruz-Maltino, atualmente de R$ 100 milhões, diminuiria para R$ 75 milhões, sufocando ainda mais as receitas. Com o acesso, a cota de TV permanece inalterada.

Se o maior patrimônio de um clube é sua torcida, o Vasco deu um passo importante de manter a fidelidade do vascaíno: um outro ano na Série B poderia representar uma redução ainda mais considerativa na média de público - consequentemente, na bilheteria - além de uma estagnação no programa de sócios, carro-chefe da direção para 2017.

Por último, e não menos importante, o acesso permite a diretoria cruz-maltina manter o planejamento da folha salarial do ano que vem. Atualmente, o Vasco gasta cerca de R$ 4 milhões com jogadores e funcionários, tendo todos vínculos longos. Na Série A, o Cruz-Maltino pode trabalhar para aumentar sua folha e negociar com atletas de maior calibre.