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Confira os sete pontos capitais para o sofrimento do acesso do Vasco

26/11/2016 20h11

O acesso foi garantido. Mas, em meio ao alívio, os torcedores cruz-maltinos vaiaram a equipe no apito final da vitória contra o Ceará, no Maracanã. Para entender o motivo do sofrimento do Vasco - mesmo subindo de divisão - na Série B, o LANCE! listou os sete pecados capitais do time no torneio:

1. Elenco sem 'tesão' pela Série B

O começo de temporada estabeleceu o recorde de 34 jogos do Vasco, que perdurou até a oitava rodada da Série B, quando os comandados de Jorginho perderam para o Atlético-GO, que viria a ser o campeão. Depois, o que mais se viu foi o suposto desinteresse do Cruz-Maltino dentro do torneio. Com jogadores experientes e acostumados a disputar a Série A, o elenco não reagiu bem aos jogos disputados e truncados da competição, mesmo com uma enorme superioridade técnica. Por isso subiu de forma sofrida, neste último sábado, no Maracanã.

2. Idade avançada dos jogadores

Com muitos nomes do elenco com idade mais avançada, o time não manteve a regularidade do primeiro semestre. Nomes como Nenê e Andrezinho caíram de rendimento logo na metade final da Série B, que seria primordial para o acesso. Além disso, as lesões também atormentaram São Januário, mesmo com o Caprres. Rodrigo, Julio Cesar, Andrezinho, Nenê... todos eles ficaram de fora em algum momento importante da competição. O próprio Martin Silva foi um desfalque corriqueiro por conta das convocações. Fora o volante Marcelo Mattos, que passou por cirurgia e só deve retornar em 2017.

3. Falta de variação tática

Um volante central, dois homens mais abertos e Nenê na frente do meio-campo. A tática que deu muito certo na arrancada do ano passado ficou muito pragmática, de conhecimento dos rivais, que jogavam fechados contra o Vasco por se tratar do Gigante da Série B. Até mesmo as opções de formação testadas acabaram não dando certo. Na penúltima rodada, contra o Criciúma, Jorginho entrou com cinco jogadores no meio. E nem assim ele garantiu a superioridade numérica, perdendo por 1 a 0 para o Criciúma.

4. Base pouco aproveitada

Se não fosse a ascensão de Douglas na reta final da Série B, Jorginho quase não teria aproveitado as categorias de base do Cruz-Maltino em um ano de jogos teoricamente mais tranquilos. Evander recebeu poucas chances, Alan Cardoso entrou bem e foi preterido por Julio Cesar... são alguns casos em que o comandante preferiu apostar no já experiente elenco e pouco explorou os garotos do Vasco. Caio Monteiro recebeu algumas chances, mas pouco como titular. Andrey é outro que pode ganhar mais chances em 2017.

5. São Januário: caldeirão ou panela de pressão?

Nos últimos anos, tem sido cada vez mais comum o Vasco abrir mão de São Januário nos momentos importantes da temporada para jogar no Maracanã. Antes pesadelo dos rivais, a Colina Histórica não trouxe bons fluídos na reta final da Série B - dois empates e uma derrota - e se tornou também um lugar de protestos por conta das exibições da equipe, muitas vezes também direcionados à sala da presidência. Tanto que houve uma proibição em relação as organizadas nos jogos finais do Vasco em seu estádio, na Série B.

6. Diretoria

Dois anos desde seu retorno, com o rebaixamento na Série A e o acesso em meio a protestos. A pressão dos torcedores do Vasco em torno do presidente Eurico Miranda é grande. Além das reclamações em torno de elenco e da manutenção de Jorginho - bancado por Eurico - durante a sequência negativa na Série B, muitos vascaínos criticavam os preços dos ingressos cobrados em São Januário.

7. O comandante

Jorginho não deve permanecer para 2017. Seus méritos durante esses um ano e meio de Vasco foram muitos, como a arrancada no final do Brasileiro de 2015 e o título estadual este ano. Contudo, a relação do técnico com a torcida pareceu desgastada no segundo semestre. Seu time não conseguia se sobressair contra adversários mais fracos, suas justificativas irritavam o torcedor e a própria cúpula vascaína - tirando o presidente - não parecia confiar mais no treinador. O trabalho foi marcado por altos e baixos, mas não terminou de forma positiva.