Ex-jogador diz que recebeu dinheiro do Chelsea para calar abusos sexuais
O ex-jogador do Chelsea, Gary Johnson, afirmou que o clube londrino pagou 50 mil euros (cerca de R$ 185 mil) em 2015 para que ele não dissesse que havia sido abusado sexualmente nos anos 70, por um ex-funcionário já falecido chamado Eddie Heath.
Em entrevista ao jornal "Daily Mirror", Johnson, que na época tinha 13 anos e hoje está com 57, acredita que o mesmo pode ter acontecido com outros garotos na época. Ele representou os Blues de 1978 a 1981.
- Eu acho que eles estavam me pagando para esconder isso. Milhões de fãs ao redor do mundo assistem ao Chelsea. Eles são um dos maiores e mais ricos clubes do mundo. Todos eles merecem saber a verdade sobre o que aconteceu. Eles devem ter pago a outros pelo silêncio. Eu espero e rezo para que nenhum clube seja permitido a cobrir isso, ninguém deve escapar da justiça - afirmou Gary Johnson.
Nas últimas semanas várias denúncias chegaram à polícia britânica e também tomaram as manchetes da imprensa do país. Tudo começou quando um grupo de sete jogadores rompeu o silêncio e revelou que todos haviam sido abusados quando crianças.
- Nós precisamos de total transparência agora pelo bem do esporte. O que me deixa tão chateado é que fui até eles para dizer que havia sido abusado, e eles basicamente disseram: "prove". Eu me sinto envergonhado, sinto como se minha infância tivesse sido retirada de mim - lamentou.
Como resposta, o Chelsea anunciou através de seu site oficial que iniciou uma investigação interna para apurar os fatos.
- O Chelsea Football Club estabeleceu uma investigação que diz respeito a um funcionário específico do clube nos anos 70, que já faleceu. O clube também entrou em contato com a FA (Football Association) para assegurar que toda assistência possível será prestada à investigação da entidade. Isso inclui repassar à FA toda informação relevante que venha da investigação do clube - dizia o comunicado.
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