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Há seis meses no clube, Henrique Dourado avalia seu momento no Flu

02/12/2016 07h00

Henrique Dourado chegou às Laranjeiras em julho e com uma missão difícil pela frente: fazer a torcida do Fluminense esquecer a saída do ídolo Fred. Os seis meses do Ceifador não cumpriram as expectativas da diretoria e do próprio jogador, que não encontrou seu melhor futebol com a camisa tricolor.

Em 13 partidas, sendo 10 como titular, Henrique Dourado balançou a rede adversária apenas duas vezes, nas vitórias por 1 a 0 sobre América-MG e Santa Cruz. Após uma sequência de seis jogos em agosto, o Ceifador perdeu espaço com Levir Culpi. Só entrou em campo três vezes em outubro e novembro.

- É difícil, nossa equipe vinha numa sequência muito boa e caiu. Mas a culpa não é só minha. Acredito que o lado psicológico pesou bastante quando as coisas começaram a não correr bem. Eu cheguei no meio do campeonato. Espero fazer uma pré-temporada para ter melhor rendimento. Claro que a cobrança existe, ainda mais em grande clube. Vou fazer o meu máximo para ajudar o Fluminense. Empenho nunca faltou - comentou Henrique Dourado.

Com 49 pontos e sem vencer há nove rodadas, o Fluminense caiu para o nono lugar do Brasileirão e não tem mais pretensões no campeonato. Vencer o Inter, no dia 11, será uma forma de terminar a temporada dignamente e mostrar serviço para a nova diretoria, que tem como presidente Pedro Abad, eleito no último sábado. Dourado afirmou que ainda não teve contato com os novos membros da cúpula tricolor, mas seu pensamento em 2017 está nas Laranjeiras. Afinal, o vínculo do Ceifador com o Tricolor vai até 2020.

- Ainda não tivemos o primeiro contato (com novos dirigentes) e tenho contrato ainda com o Fluminense e espero cumpri-lo. Sei que nesse pouco tempo, não pude mostrar ainda à torcida o meu potencial. Tenho noção disso. Meu pensamento é ficar no Fluminense. Espero que 2017 seja um ano bem melhor e que venha retribuir ainda com muitos gols.

Atuando pela Chapecoense em 2012, Henrique Dourado participou da campanha que levou o clube catarinense à Série B do Brasileiro. Foram cinco gols em oito jogos do Ceifador na Série C. Abalado pelo trágico acidente aéreo envolvendo a Chape e jornalistas, o centroavante não escondeu a emoção.

- É claro que o espírito não é dos melhores, parece que a ficha ainda não caiu. Tentamos voltar ao normal, mas é difícil assimilar. Tem de ter força para seguir a vida - disse Dourado, que relembrou o tempo que atuou no time de Chapecó:

- Joguei lá em 2012, é um clube muito organizado. Cheguei no decorrer da Série C, tive passagem muito boa. Ajudei no acesso à Série B. Tinha alguns amigos lá... Foi uma passagem bacana. Fico triste pelo ocorrido. Temos de orar pelas famílias que ficaram. Me coloco no lugar deles. Estou sujeito a isso, viajamos sempre - declarou o emocionado Henrique Dourado.