Topo

Rafael lembra do amigo Ananias e diz ser necessário jogar a última partida

02/12/2016 18h05

Por causa do trágico acidente aéreo com a delegação da Chapecoense, que matou 71 pessoas na Colômbia, a última rodada do Brasileirão foi adiada neste final de semana e a tendência é de que seja disputada apenas no dia 11. A mudança da CBF ainda divide opiniões nos clubes sobre jogar ou não no encerramento do Brasileiro. No Cruzeiro, o técnico Mano Menezes já havia mostrado a favor de fazer a última partida. O goleiro Rafael concedeu entrevista nesta sexta e seguiu a mesma linha do comandante. Apesar do luto e tristeza profunda que ainda se abate nos jogadores, o jogador aprovou a folga neste final de semana, mas defende a ideia de fazer um último jogo.

- A gente ouve muitas opiniões. Eu acho que a CBF acertou em ter adiado a rodada. Não tínhamos condições de entrar em campo. Não cabe a nós jogadores tomar essas decisões. Estou chateado e triste, perdi pessoas muito próximas. Isso vai ficar marcado pelo resto de nossas vidas - comentou o goleiro.

- Somos profissionais. Temos compromissos com quem assiste futebol. Vamos entrar em campo e nos dedicar. Todos que trabalham com futebol vão fazer uma grande homenagem. Não vamos deixar nunca que todas as coisas bonitas que todos estes profissionais se apaguem - acrescentou.

Rafael ainda lembrou do amigo Ananias, um dos mortos no acidente e ex-jogador do Cruzeiro.

- É um momento muito triste em que o nosso futebol e o nosso país estão de luto. Uma fatalidade como esta afeta todos nós. Tive a oportunidade de jogar com o Ananias, conheci ele e a família. Conheci todos. Os profissionais de imprensa também. Não tem como não falar dessa fatalidade. Afeta todos nós. Vocês da imprensa também. Uma fatalidade tão próxima. Dá pra ver no dia a dia como está o clima, o ambiente está diferente. Tudo nos faz lembrar. Eu saio daqui e fico ligado na TV vendo as notícias, rezando muito pelas famílias que perderam os entes e pelos sobreviventes que estão nesta luta pela vida. É difícil falar, mas é algo que a gente tem vivido 24 horas por dia - disse.