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Porto derrota o Braga em dia de galinha para acabar com 'maldição'

03/12/2016 20h39

A torcida do Porto até tentou acabar com a "maldição" do time, que não fazia gols há quatro jogos, ao lançar uma galinha em campo. E por muito pouco não completou mais um, que seria ainda o quinto 0 a 0 seguido. Em casa, o Dragão enfrentou o Braga, insistiu demais, criou muitas oportunidades de gols, jogou mais de um tempo inteiro com um a mais, e só marcou aos 49 minutos do segundo tempo com o jovem Rui Pedro. Agora, se o jejum era ruim de um lado, já são 480 minutos sem levar nenhum gol, e foram 454 sem balançar as redes.

Com este resultado, o Porto ultrapassa o Braga e vai para terceiro com 25 pontos, quatro a menos em relação ao líder Benfica. O Sporting, que enfrenta o Encarnado na semana que vem, tem 27. Na próxima rodada, o Dragão visita o Feirense, enquanto os Arsenalistas recebem o Paços de Ferreira.

Antes de a bola rolar, homenagens à Chapecoense. Um minuto de silêncio, a exibição do já célebre vídeo dos jogadores comemorando a classificação à final da Copa Sul-Americana, e a torcida do Porto foi junto, gritando "vamos vamos Chapê".

Mas não foi só. Como o Porto entrou em campo com um longo jejum sem marcar, a torcida jogou uma galinha preta no gramado, na tentativa de acabar com a "maldição". Mas estava difícil encerrar o "mau olhado". O time tentou. Só no primeiro tempo, perdeu em cabeçada de Diogo Jota, depois com Óliver em saída errada da defesa, com Maxi Pereira em rebote... Ainda teve um pênalti, em que Artur Jorge foi expulso, mas André Silva cobrou mal e Marafona defendeu.

Ainda antes do intervalo, um lance incrível. Danilo cabeceou na trave, depois, Marcano esticou-se para finalizar, e Marafona, meio que no susto, defendeu em dois tempo. Na volta para o segundo tempo, já com Brahimi em campo no lugar do lesionado Otávio, o Porto seguiu no ritmo. Diogo Jota conseguiu marcar, mas a arbitragem anulou. Logo depois, André Silva perdeu outra vez na cara do gol.

O Braga não fazia nada. Tanto que colocou o brasileiro Djavan para insistir no 0 a 0. Com um a menos e fora de casa, só buscava contra-ataques, e eles quase não apareciam. O Porto seguia agredindo. O problema era que Marafona fazia o dele. Chegou a defender três em sequência, em chutes de Diogo Jota e dois de Brahimi. Outra defesa milagrosa foi em chute de Maxi Pereira. Isso já entrando na reta final da partida. Teve tempo para mais um gol anulado.

Acabou que coube a um garoto cria da casa encerrar com esse jejum. Com apenas 18 anos e depois de 15 minutos em campo, Rui Pedro recebeu de Diogo Jota, saiu na cara do gigante Marafona, e arriscou uma cavadinha na maior calma do mundo, e conseguiu fazer.