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Santos volta à Libertadores com maioria estreante e defende evolução

09/12/2016 06h00

Voltar a disputar a Libertadores após quatro anos era o sonho do torcedor e de muitos jogadores do Santos, principalmente dos mais jovens que nunca participaram do torneio. E a ansiedade em ver de perto os papéis picados, cantos, xingamentos em espanhol e torcidas bem próximas do campo contaminou o elenco.

Do atual elenco do Peixe, a maioria não conhece ainda a realidade da Libertadores. Dos 30 jogadores já confirmados para a próxima temporada, apenas sete sabem o que significa entrar em campo em um dos torneios mais difíceis e conhecidos do mundo: David Braz, Renato, Copete, Ricardo Oliveira, Vladimir, Vecchio e Hernández. Este último já foi contratado, mas ainda não se apresentou na Vila Belmiro.

A mescla de experiência e juventude não é má notícia para os santistas. Na última conquista da Libertadores, em 2011, apenas oito dos 25 inscritos já tinha experiência na competição.

O título daquele ano foi o primeiro internacional de Neymar pelo Santos, o que não impediu que, aos 19 anos, ele fosse o craque e principal jogador do torneio.

Para Copete, atual campeão da Libertadores pelo Atlético Nacional (COL) , é possível amadurecer e conhecer as peculiaridades no decorrer da disputa.

- Dá para se adaptar, lutar dentro da competição. Teremos grandes jogadores, com muitas qualidades e esperamos lutar e conseguir o título, que é o que planejamos - disse o atacante colombiano.

Por outro lado, experiência no futebol não significa conhecimento de Libertadores. Jogadores como o goleiro Vanderlei, de 32 anos, e o lateral Victor Ferraz, de 28, disputaram a Sul-Americana, mas não a principal Copa do continente.

Renato e Ricardo Oliveira foram vice-campeões em 2003 pelo Santos. Os únicos campeões do atual elenco, além de Copete, são Elano e Vladimir, em 2011. Mas o primeiro encerra a carreira no domingo e o segundo não entrou em campo naquela temporada. Era reserva de Rafael Cabral, hoje no Napoli (ITA).

Por mais diferente que seja, torcida próxima do campo, jogo duro e até mesmo o espanhol não são novidades para os Meninos da Vila.