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Diretoria do São Paulo sofre para entregar novos "camisas 9 e 10" a Ceni

Marcello Zambrana/AGIF
Imagem: Marcello Zambrana/AGIF

09/12/2016 07h00

Quase um ano depois de encerrar uma gloriosa carreira como goleiro, Rogério Ceni foi apresentado como técnico do São Paulo na última quinta-feira. Os torcedores celebraram o retorno do ídolo, a sala de imprensa do CT da Barra Funda lotou para ouvir o treinador, mas o trabalho não promete ser fácil. Vide a dificuldade da diretoria em encontrar reforços para montar um time forte para o início da trajetória.

Os dirigentes estão preocupados porque não conseguem encontrar um camisa 9 e um meia, prioridades para 2017. As opções são muito complicadas. Diante de negativa do Santos, o São Paulo desistiu de Ricardo Oliveira. Pratto, do Atlético-MG, custa muito caro. Fred tem salário inviável. Calleri, sonho da cúpula e da torcida, deve permanecer na Europa mesmo que deixe o West Ham.

A situação é ainda pior para camisa 10. No Brasil, Lucas Lima, também do Santos, é um dos únicos que agradam, mas o rival também não negocia. Até por isso, a diretoria ainda não aceitou liberar Jean Carlos ao Coritiba. Se não chegarem reforços para a posição, ele pode ficar.

A busca por reforços preocupa Rogério Ceni, que tem se internado no CT mapeando jogadores ao lado dos profissionais do departamento de scout. Ele já está trabalhando.

"Outro dia, entrei às 10h e saí às 22h, quase sem tempo para comer, apenas sentado com o pessoal do "scout" buscando jogadores. Tem o trabalho do Pintado também, que é importante", afirmou o treinador.

A preocupação da diretoria é compensada pelo cartão de visitas de Ceni. O ex-goleiro se mostrou muito preparado para a missão de recolocar o São Paulo no caminho das conquistas. O técnico se preparou com cursos na Inglaterra, visita a grandes clubes e contato com diversos treinadores. Apostou em uma comissão técnica com um assistente inglês que era técnico do Sub-23 do Liverpool e um francês que prestava serviços para a seleção brasileira. Falou em treinos com modelo aplicado na Europa. Quer usar muito a base.

"No São Paulo, passei por todos os tipos de situações, de glórias aos fracassos. Não espero ser julgado como atleta, e sim como treinador. Vou montar uma equipe de trabalho muito boa. Vamos fazer o máximo para ter um elenco mais forte. Será um desafio preocupante e, ao mesmo tempo, fascinante. Coisas pequenas não trazem emoção. Foi o que me trouxe de volta aqui. Vim aqui em busca da glória", afirmou Rogério Ceni.

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