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Com apoio da torcida brasileira, Nacional pega o Kashima no Mundial

13/12/2016 16h34

Com o apoio da torcida brasileira, o Atlético Nacional faz nesta quarta-feira à primeira semifinal do Mundial de Clubes contra o Kashima Antlers, às 8h30 (de Brasília), em Osaka, no Japão. O time está no país nipônico há quatro dias para se adaptar ao fuso-horário, de 14 horas de diferença em relação à Colômbia. Do outro lado da chave, Real Madrid e América do México se enfrentam por um lugar na decisão.

A viagem já foi bastante cansativa para os jogadores, que ficaram 26 horas dentro do avião. O técnico Reinaldo Rueda admitiu que teme o efeito jet-lag nos jogadores por conta da grande diferença do fuso-horário. Ele citou ainda que o Kashima Antlers joga em casa e não tem esse problema.

- É um fator a considerar, as experiências demonstram isso, que o jet-lag influi no rendimento. Toda pessoa sofre quando há essa diferença de horário. Os outros latinos sofreram, e o Nacional tentou procurar se preparar da melhor forma. O calendário não foi bom, com os jogos da liga colombiana antes, mas agora é torcer para que as medidas tomadas pelo departamento médico deem certo, além dos jogadores, com seu talento, que é um fator vital. Pude sentiu no jogo anterior como Mamelodi caiu no segundo tempo, diante do que foi a superioridade, a reação e a contundência do Kashima - disse o treinador, em entrevista coletiva nesta terça-feira.

Para diminuir os efeitos, a equipe colombiana montou um planejamento diferenciado. Como exemplo, os jogadores têm apenas dois períodos por dia para entrarem em contato com familiares na Colômbia. Agora é esperar para saber se a estratégia vai surtir efeito diante dos japoneses.

NACIONAL TEM DESFALQUE

Na véspera da estreia do Mundial de Clubes, o Atlético Nacional teve uma baixa importante no elenco. O atacante Andrés Ibarguen não conseguiu se recuperar da lesão no tornozelo direito e foi cortado pelo departamento médico do clube.

Nos últimos dias, o jogador fez inúmeros tratamentos intensivos para ficar à disposição, mas não obteve sucesso. Agora, com a saída do centroavante, o técnico Reinaldo Rueda chamou Cristian Dájome.

TORCIDA BRASILEIRA PELOS COLOMBIANOS

O Atlético Nacional virou o segundo time dos torcedores brasileiros, por conta da tragédia com o avião que transportava a delegação da Chapecoense e jornalistas que caiu nos arredores de Medellín, deixando 71 mortos e seis feridos. A equipe catarinense faria a primeira final da Copa Sul-Americana contra os colombianos no Estádio Atanásio Girardot.

As demonstrações de solidariedade do povo colombiano e, principalmente, da torcida do time contagiaram os brasileiros. As homenagens seguiram até o Japão, com os fãs do Atlético Nacional cantando músicas exaltando a Chapecoense.

A hinchada Verdolagua tomou as ruas de Osaka e cantou a plenos pulmões 'Sou de verde' e 'Vamo vamo Chape'.

KASHIMA ELOGIA O ADVERSÁRIO

Rival do Atlético Nacional, o Kashima Antlers mantém o discurso de respeito pelos sul-americanos. O técnico Masatada Ishii reconheceu que conhece pouco do futebol dos colombianos, mas espera ser um adversário de peso na semifinal.

- Eu só vi o Atlético Nacional jogar uma vez, mas sabemos que as equipes da América do Sul são talentosas e tecnicamente fortes. Temos de estar no nosso melhor para vencê-los - disse o comandante, em entrevista coletiva.

Já o meia Yasushi Endo, que marcou o primeiro gol sobre o Mamelodi Sundowns nas quartas de final, também fez questão de enaltecer a força do futebol sul-americano.

- Os times são muito habilidosos. Os jogadores são enérgicos e têm boa troca de passes, com muito poder de fogo, criando diversas chances de gol. Precisamos estar cientes disso, mas se pudermos converter qualquer chance que venha para nós, acho que temos uma chance de vencer - comentou o meia.