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Gabiru é apresentado no Taboão da Serra e relembra "morte": "estou vivo"

Gabiru é apresentado no Taboão da Serra  - Reprodução
Gabiru é apresentado no Taboão da Serra Imagem: Reprodução

27/12/2016 12h49

Dez anos e dez dias após fazer o gol que garantiu ao Internacional o título de campeão do mundo, Adriano Gabiru volta aos holofotes. O jogador foi apresentado nesta terça-feira como novo camisa 10 do Taboão da Serra, que disputará a Série A3 do Campeonato Paulista em 2017. Em sua apresentação, não deixou de lembrar o susto que levou ao ver noticiada a própria morte, em setembro. 

"Fiquei assustado. Estava em casa, com a família, e minha mulher falou que eu tinha morrido. Começou a me ligar do Rio Grande do Sul, eu falei: "Não, eu estou vivo, tá louco". Foi uma brincadeira de mau gosto, fique muito chateado, tive que ligar para meus amigos de Curitiba para falar que estava vivo. Mas tá tudo certo. Brincadeira, mas fazer o que?", comentou Gabiru em sua apresentação. 

"Estou vivo graças a Deus. Uma brincadeira. Mas o importante é que estou aqui. Estou bem e o importante é trabalhar, é dentro de campo. Vou dar o meu melhor para o time. a decaída acontece, é o futebol. Agora é bola pra frente e fazer um campeonato bom", completou. 

Sem o glamour que o cercou após a vitória sobre o Barcelona, no Japão, Gabiru foi apresentado em uma padaria da cidade, uma das patrocinadoras do clube. Aos 39 anos, o atleta voltará aos gramados após quase dois anos de ostracismo - a última equipe que defendeu foi o Panambi (RS), em 2015 - e atuará ao lado de medalhões como Túlio Maravilha e Acosta. O convite para jogar nos Cats foi feito por Edmílson Abel, auxiliar do técnico Axel.

"Edmílson me ligou e já deixamos tudo acertado. Eu estava em casa, praticamente sem fazer nada, passando tempo com a família, acabou dando certo. Combinei que viria para cá depois do Natal. Acho que vai ser muito bom voltar a jogar depois de dois anos parado", disse Gabiru, cuja maior preocupação é recuperar a forma física, em entrevista ao LANCE!.

"Nos últimos dois anos, no máximo dei umas corridas em Curitiba e joguei umas peladas. Já churrascos com o Perdigão (ex-companheiro do Inter) eu fiz muitos (risos). Mas futebol é igual andar de bicicleta, a gente não esquece. É só deixar a bola rolar que a gente sabe o que tem que fazer. Agora é começar a trabalhar, se condicionar bem, fazer um campeonato bom ", projetou o atleta.

Gabiru está longe do futebol há dois anos, mas nunca conseguiu manter o prestígio que conquistou em 2006. Após deixar o Inter, no ano seguinte ao Mundial, o jogador virou um cigano da bola e passou por diversos clubes, como Figueirense, Sport, Goiás, Guarani, Mixto, Corinthians-PR, CSA e Guarany de Bagé. Ele chegou a defender um time amador em 2013, o Combate Barreirinha, do Paraná. De volta aos gramados, o novo camisa 10 acredita que sua experiência poderá ajudar o elenco do Taboão na Série A3.

"A experiência é importante, mas tem um monte de molecada que pode me ajudar, ajudar o Túlio, o Acosta. Já passaram outros jogadores experientes pelo Taboão, como o Viola. A gente tem que fazer nosso trabalho. Usar a experiência que a gente tem, conversar com a molecada e fazer nosso papel também, todo mundo junto. É o mais importante. O campeonato não vai ser nada fácil e a gente precisa trabalhar sério para chegar onde quer", disse Gabiru.

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