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Com forte concorrência, Bruno Paulo carrega lema para brilhar pelo Timão

08/01/2017 07h00

- Concorrência pesada, né? Sai todo mundo, mas da minha posição não sai ninguém (risos). Quem veio pra jogar ali?

A pergunta acima é do atacante Bruno Paulo, que ainda não estreou no Corinthians por conta de duas cirurgias e está disposto a mudar essa história em 2017. Preocupado com a concorrência no setor ofensivo, principalmente após as contratações de Luidy, ex-CRB, e Kazim, ex-Coritiba, o jogador de 26 anos confia em seu potencial para brilhar nesta temporada.

Bruno Paulo chegou ao Corinthians após se destacar na campanha do vice-campeonato paulista pelo Grêmio Osasco Audax. Ele acredita que precisa apenas de "só uma chance" no Timão e se espelha em Camacho, seu ex-companheiro de clube que conseguiu ter oportunidades com a camisa alvinegra.

- Eu fui para seis jogos e não joguei em 2016, mas confio no meu potencial. Se a gente não confiar, é melhor não sair de casa. E eu confio em mim quando as chances aparecem. Só preciso de uma oportunidade. Se pintar, vai acontecer como foi com o Camacho, que conquistou o espaço dele. Só preciso de uma chance. A concorrência aumentou, mas vamos ver. O mais difícil é aparecer a chance. Se pintar, eu vou aproveitar, porque é o sonho de todo mundo e meu também estar aqui - afirmou o atacante, que chegou ao Corinthians com uma lesão ligamentar no pé direito e depois retirou uma hérnia lombar em outubro.

Para brilhar em 2017, Bruno Paulo carrega um lema que está até em seu WhatsApp: "não se prenda a erro. Só há uma coisa a fazer com relação ao passado: esquecer".

- Esquecer metade, né? (risos). Porque até o Paulistão foi bom. Agora é esquecer o resto, então. É isso que me move!

CONFIRA A ENTREVISTA COM BRUNO PAULO:

Que análise faz da sua temporada passada?

O primeiro semestre no Audax foi excelente. Aí vim para o Corinthians, que mudou minha vida. Até aí estava tudo maravilhoso, mas aconteceram essas coisas (lesões). Me machuquei, operei e não estreei ainda. Em cinco meses foram duas operações, e eu nunca tinha operado nada na vida. Não estava nos planos tudo isso que aconteceu, para nenhum jogador é bom, porque temos o sonho de chegar e jogar, ainda mais bem como eu estava no Audax. Então foi um ano mais ou menos. Mas agora está tudo certo. Operação não tem mais e minha hora vai chegar. Tudo no tempo de Deus.

Primeira lesão foi por esforço excessivo no Audax?

Eu estava jogando com o pé quebrado no Audax. Mas não tinha o que fazer, era meu momento, podia mudar minha vida. Aí forcei e enfrentei as dores. Quando cheguei no Corinthians não estava aguentando mais, então falei isso ao doutor Ivan. Corinthians não é que nem Audax, né? É diferente. Chegando eu teria que mostrar, mas não podia. Eu fui honesto com o Corinthians, disse de cara todos os problemas, mesmo sendo o sonho de todo mundo. Algum outro clube poderia desistir, mas o Corinthians cumpriu a palavra e eu fiz o meu papel.

Torcida já desconfia de você por não ter jogado. O que pode falar para eles?

Desconfiança todo mundo tem. Mas precisam ver que não é o Bruno fazendo "migué", fiquei fora por causa de duas operações. Eu estava tentando. Na coluna fiquei dois meses tentando voltar, pedi para não operar, porque queria jogar. Mas teve uma hora que não aguentei mais. O que posso falar é que eu confio que vou dar alegrias, fazer gols, mostrar minha habilidade, só essas coisas boas.

Apesar de você não ter jogado, seu amigo Camacho jogou. Como é vê-lo atuando?

É uma alegria muito grande ver o Camacho jogando. Ele teve oportunidade e abraçou. Tanto eu quanto ele sabemos do nosso potencial, sabemos o que fazer. Só precisamos de espaço. Se pintou para ele vai pintar para mim também.

Qual sua expectativa para trabalhar com o Carille?

O Carille é que nem o Tite. Está desde sempre no clube, conhece todos os jogadores, sabe como joga todo mundo e apoia todo mundo, conversa. Ele é um cara excelente, não tem o que falar. Tenho certeza que ele vai dar oportunidade a todos, até porque começa do zero agora que ele é o treinador de vez, o comandante. Ele vai querer fazer o melhor.