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Elogiado por Mattos, Michel Bastos diz ter tudo para ser feliz no Verdão

12/01/2017 19h23

Normalmente, Alexandre Mattos apresenta os jogadores na Academia de Futebol com um rápido discurso. Nesta quinta-feira, o diretor de futebol falou mais do que o comum para elogiar Michel Bastos. Contratado depois de um fim de passagem turbulento no São Paulo, o meia de 33 anos foi exaltado por seu "caráter" pelo comandante do futebol palmeirense.

- Geralmente falam que sou muito rápido (para contratar), mas esse aqui demorou três anos. Primeira vez que falei com ele foi em 2014 (no Cruzeiro). Sei o homem que você é, o profissional que você é. Tecnicamente ninguém no mundo pode discutir. Desejo muita sorte para você seguir seu caminho, com paz no coração, porque com certeza as coisas vão caminhar muito bem. Nós vamos sorrir bastante. Acredito muito em você, no homem que você é, na sua dedicação, no seu compromisso - afirmou o dirigente.

Em sua primeira entrevista no Verdão, Michel Bastos tentou se esquivar das perguntas sobre seu fim turbulento no Tricolor. Desde a agressão que ele, Wesley e Carlinhos sofreram em agosto no CT da Barra Funda, o jogador não tinha falado sobre o caso. Desde este problema em diante, fez apenas mais três jogos, e nesta tarde respondeu pela primeira vez sobre o ato.

- Aconteceu, foi duro, foi difícil, uma coisa que nunca passei na carreira (agressão de torcedor). No dia seguinte tinha jogo importante, perguntaram aos agredidos se estávamos dispostos a jogar e fui o primeiro a falar que estava. Só que se falava muita coisa e eu abdiquei de me expor na mídia para tentar me defender. O único jeito de mudar a situação era jogando bola, por isso abdiquei de redes sociais, de falar com a imprensa. Escutei muita coisa sobre a minha pessoa, sobre não ser jogador de grupo. Acho que é bem ao contrário. Quem me conhece sabe que sou alegre, que animo o grupo e não tenho problema com ninguém. Hoje eu só penso em jogar bola - afirmou.

Nos primeiros contatos com o elenco campeão brasileiro, Michel diz que sentiu-se em casa. Ainda adaptando-se à "pulada de muro", já que os dois clube são vizinhos de CT, o novo camisa 15 chegou a chamar o Palmeiras de São Paulo. Dizendo estar em casa, o reforço considera "ter tudo para ser feliz" na Academia de Futebol.

- Eu tive lesões que me prejudicaram no São Paulo ano passado. Pelo fato de ser um pouco fominha também, porque chegou um período da Libertadores, sendo decisivo, e estava machucado. Contra o Atlético-MG eu joguei com uma contratura na coxa, acabei ficando quatro, cinco semanas afastado, depois voltei, o que é sempre difícil, aí começou a haver a cobrança. Aqui eu vou me cuidar ao máximo para não ter lesões, ter uma sequência, para ser feliz, para mostrar meu futebol. Eu venho aqui com a cabeça tranquila, o que passou , passou. Vim preparado, sei que vai haver expectativa, alguma coisa esperam de mim - acrescentou o jogador.

- Mas estou feliz de, depois de um momento um pouco perturbado, vestir a camisa de um grande clube, campeão brasileiro, com uma estrutura que talvez alguns clubes da Europa não proporcionam - completou.