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Copa Africana de Nações terá bons jogadores, equilíbrio e possíveis surpresas

13/01/2017 19h00

Realizada de dois em dois anos, começa hoje uma nova edição da Copa Africana de Nações. O Gabão recebe novamente o torneio, que vai até o dia 5 de fevereiro. E a fase de grupos já pode reservar algumas ótimas emoções e tirar boas seleções do mata-mata.

O Grupo B contará com um clássico do Magrebe, entre Argélia e Tunísia. No Grupo C, também deverá haver briga de foice entre Costa do Marfim, atual campeã, República Democrática do Congo e Marrocos. Já no D, outros três candidatos fortes são Gana, Egito e Mali.

Neste sábado, às 14h (de Brasília), no Estádio d'Angondjé, a seleção anfitriã estreia na competição contra Guiné-Bissau. Apesar de não ter a equipe mais forte para ser considerado favorito, já que demorou até encontrar um novo treinador, o time da casa conta com o badalado atacante do Borussia Dortmund Pierre-Emerick Aubameyang, forte candidato a MVP do torneio. A equipe de Burkina Faso também faz seu primeiro jogo contra Camarões, às 17h.

COMPETIÇÃO É EQUILIBRADA

Esta é considerada uma das edições mais abertas dos últimos tempos da CAN. E são ao menos quatro equipes favoritas ao título, entre elas, a Costa do Marfim, atual detentora do título.

Apesar de não contar com Yaya Touré, que não atua mais pela equipe, e Gervinho, que está machucado, os marfinenses contam com um grupo mais jovem, renovado e com um novo treinador, Michel Dussuyer.

O Marrocos, do treinador francês Hervé Renard, campeão de duas edições da CAN com a Zâmbia (2012), e depois com a Costa do Marfim (2015), é cotado, mas virou uma incógnita depois da perda de vários jogadores titulares.

O Senegal, com seis vitórias em seis jogos durante as eliminatórias, tem potencial para disputar o título. A República Democrática do Congo, que cresceu desde a terceira colocação na última CAN, também é forte candidata para chegar à final.

FRANÇA É O PAÍS QUE MAIS CEDE JOGADORES

A CAN vai desfalcar alguns dos principais times da Europa. Quase dois terços dos jogadores convocados atuam no Velho Continente, sendo a França com a maioria esmagadora de atletas, cedendo 58. Na Ligue 1, só Nantes e Bordeaux passarão ilesos.

O Lille é o clube que ficará sem mais jogadores, perdendo cinco: Naim Sliti (Tunísia), Hamza Mendyl (Marrocos), Mounir Obbadi (Marrocos), Yves Bissouma (Mali), Youssouf Koné (Mali). Se olharmos para os quatro primeiros colocados do campeonato, o impacto pode não ser tão grande.

O Nice perderá só Jean Seri (Costa do Marfim), o Monaco ficará sem Nabil Dirar (Marrocos) e Adama Traoré (Mali), o PSG perde Serge Aurier (Costa do Marfim) e o Lyon não contará com Nicolas Nkoulou (Camarões) e Rachid Ghezzal (Argélia).

A Inglaterra, que vem em seguida, terá 37 representantes. Na Premier League, 13 dos 20 times na disputa liberarão ao menos um nome - enquanto a Championship também sofrerá, perdendo 14 jogadores.