Topo

Leila diz que Crefisa 'deu' 6 atletas ao Verdão e não fala de Borja ou Pratto

02/02/2017 08h15

A ideia de Leila Pereira e José Roberto Lamacchia, donos da Crefisa e da Faculdade das Américas, era bancar a contratação de um grande reforço para a disputa da Libertadores como forma de presentear o Palmeiras após a renovação do contrato de patrocínio - o vínculo acabou em janeiro e será ampliado de forma oficial nos próximos dias. A dona da empresa, no entanto, já adota outro tom quando questionada sobre a chance de pagar pela contratação de um atleta como Miguel Borja ou Lucas Pratto.

- Sobre isso, você tem de conversar com o Alexandre Mattos. Todos os jogadores que ajudamos a trazer foram indicados pelo Palmeiras. Eu não tenho ingerência nenhuma. A torcida me cobra muito, mas quem seleciona é o departamento de futebol - disse.

Alexandre Mattos, diretor de futebol do Verdão e responsável por contratar jogadores, tem repetido que os valores solicitados pelo Atlético Nacional (COL) e pelo Atlético-MG por Borja e Pratto, respectivamente, tornam as contratações inviáveis para o Palmeiras. Isso não quer dizer que as parceiras não tenham ajudado o clube nesta janela. As compras de Guerra, Fabiano e dos 50% restantes de Dudu (agora o clube é dono de 100% dos direitos) foram bancadas pela Crefisa, superando os R$ 20 milhões.

Essa ajuda é citada por Leila na hora de exaltar a parceria entre a Crefisa e o Palmeiras. O último contrato entre as partes previa o pagamento de R$ 78 milhões no ano, sendo R$ 12 milhões para os salários de Lucas Barrios. A ajuda em outras contratações não entra nesta conta, mas é lembrada pela empresária.

- Te garanto que o valor do novo contrato não vai ser inferior ao que é hoje. Mas vocês têm que ter em mente que demos para o Palmeiras seis jogadores. Eles não pertencem à Crefisa, pertencem ao Palmeiras. Compramos e demos para o Palmeiras. Não emprestamos dinheiro, nós doamos. Vitor Hugo, Thiago Santos, Lucas Barrios, Guerra, Fabiano e Dudu, todos têm ajuda da Crefisa. Tudo isso tem de contar também - disse.

Na verdade, o acordo entre as partes prevê que a Crefisa receba o valor investido se os jogadores forem negociados, com o lucro - se houver - ficando para o Palmeiras.

Abaixo, veja outros trechos da entrevista de Leila Pereira no lançamento de sua candidatura a uma vaga no Conselho Deliberativo:

Relação com Maurício Galiotte:

O relacionamento com o Maurício é excelente, sempre foi, desde que ele era primeiro vice. É uma pessoa competente, muito equilibrada, muito sensata, nunca houve problema com ele. Inclusive quero ser conselheira para ajudar o Maurício em vários projetos que poderíamos fazer juntos, não só no futebol, mas no social também. Essas Leis de Incentivo ao Esporte, posso aplicar dentro do Palmeiras, no clube social. A Crefisa, a Faculdade das Américas e eu sempre estamos dispostas a ajudar no clube social, no esporte amador.

Relação com Paulo Nobre:

Na minha vida, meu partido é o PPF. Não sou de direita ou de esquerda, sou do Partido Pra Frente. Não quero pensar em qualquer problema do passado, quero pensar no Palmeiras para a frente.

Sonha em ser presidente do clube?

Esse é o evento de lançamento da minha candidatura a conselheira. O que eu almejo nesse momento é ser conselheira. Eu preciso continuar ajudando nosso clube, como estamos ajudando há dois anos. Não digo nem que seja um patrocínio, mas uma parceria. Essa parceria está sendo muito gratificante para nossas empresas e para o Palmeiras principalmente. O Palmeiras voltou a ser um time vitorioso. Depois de 22 anos, ganhamos um título brasileiro. Eu me sinto um pouquinho responsável. Um pouco, porque não fazemos nada sozinhos. Estou muito feliz e animada, mas dependo dos sócios acreditarem no nosso projeto.