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Futebol jogado por linhas tortas. Estádio em SC tem "divisórias" inusitadas

Divulgação
Imagem: Divulgação

07/02/2017 07h30

A volta do Almirante Barroso à elite catarinense rendeu uma polêmica de grandes proporções logo na sua estreia no Estadual, com o 2 a 2 diante do Joinville. A equipe, que recebe o Figueirense, na próxima quinta-feira, às 17h, despertou estranhamento por mandar seus jogos em um Estádio Camilo Mussi "marcado" por divisórias de campos de futebol society. Segundo o mandatário Adriano Cipriano, é uma forma dos barrosistas "reforçarem" seu investimento no futebol.

"Quando, há um ano e meio, decidimos retomar as atividades do futebol no clube, buscamos fazer um projeto de sustentabilidade, sem depender de patrocínios, para não cair nos erros de outras equipes do país. Uma das nossas alternativas é de, em dias que não aconteçam partidas do Almirante Barroso, deixarmos os campos de futebol society à disposição para nossos sócios", afirmou, ao LANCE!.

Fundado em 11 de maio de 1919, o Clube Náutico Almirante Barroso iniciou sua trajetória no futebol em 1949 e, após um vice-campeonato catarinense em 1963, permaneceu inativo entre 1971 e 2016. Sua volta aos gramados aconteceu graças a uma parceria de dez anos feita com o Sport Club Litoral, que decidiu "adotar" o nome do clube de Itajaí, cidade natal do Barroso.

Com uma lista estimada em cerca de 300 sócios, o clube barrosista investiu pesado no gramado, selando parceria com a World Sports, que fez os gramados de estádios como Arena Corinthians e Allianz Parque. Cipriano revela que a polêmica em torno das linhas amarelas no Estádio Camilo Mussi surpreendeu até a cúpula do Almirante Barroso:

"Disputamos a Série B do Catarinense no ano passado com este gramado e não houve reclamação da arbitragem, Afinal, nosso campo tem as limitações bem nítidas das dimensões oficiais", completou.

Diante de tamanha repercussão, o Almirante Barroso promete tomar providências para que o gramado não renda "dor de cabeça" na sequência do Estadual. No entanto, a rotina do aluguel para o futebol society não está descartada.

"Vamos tentar alternativas para diminuir o impacto das linhas no gramado. Mas, sem dúvida, continuaremos a investir no aluguel do nosso gramado para sócios. Vivemos em um país muito complicado, e um clube não pode depender apenas de patrocinadores", disse.