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Atacante 'de raiz', Rodrigão 'esquece' Oliveira e chega em alta no San-São

15/02/2017 06h00

Rodrigão é jogador de futebol profissional há três anos, joga em um time de Série A há menos de um ano e ainda não está acostumado a lidar com a fama. Tem 34 mil seguidores em sua rede social. Mesmo sabendo que perderá lugar no Santos assim que Ricardo Oliveira, que tem seus 355 mil seguidores, uma vida estabilizada e o Milan (ITA) como principal clube em seu currículo, retornar, ele não diminui o ímpeto, ou melhor a vontade.

Apesar de ser um centroavante, raça sempre foi indispensável na vida de Rodrigão. Aos 23 anos, ele não passou por categorias de base e chegou a ser servente de pedreiro para buscar sustento. Até chamar a atenção do Tupi-MG e passar pelo Campinense da Paraíba antes de chegar ao Peixe.

É com esse estilo, de batalhador, que ele terá mais uma oportunidade de ser titular do Santos nesta quarta, contra o São Paulo, às 21h45, na Vila Belmiro. Contra o Tricolor, o camisa 22 já balançou as redes uma vez, na vitória por 3 a 0 no ano passado, pelo Brasileirão.

"Foi meu primeiro gol dentro de um clássico, foi importante para mim, é jogo diferente, então amanhã [quarta-feira] quero encontrar de novo [a oportunidade de gol] contra o São Paulo, mesmo sabendo que o jogo será muito difícil. Mas se Deus quiser, faremos um bom trabalho e sairemos com a vitória", disse o atacante em entrevista à Rádio Globo.

Mesmo com as diferenças com Ricardo Oliveira fora de campo, Rodrigão não deixa de se inspirar no camisa 9 para chegar o mais perto possível do companheiro de posição dentro de campo. Nisso, o jeito humilde do garoto de Belmonte na Bahia é mais do que essencial.

"A gente conversa, sempre rola um parabéns. Sempre tenho que escutar o Ricardo, ainda mais um cara como ele, que tem as melhores dicas, então estou sempre ali ouvindo ele, dando parabéns, com certeza ele assiste aos jogos. Então cada conselho, cada dica, não só para mim, mas para qualquer jogador, é uma dica sempre bem-vinda", completa.

Definitivamente, a falta de grife não é problema para Rodrigão. Centroavante de raiz, seu estilo tem sido essencial para balanças as redes. Em 2017, já são quatro gols, mesmo número que alcançou em 20 partidas no ano passado.