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Consultor alerta que provocações em redes sociais podem virar 'armadilhas' para clubes

15/02/2017 18h11

A busca por deixar as redes sociais com uma linguagem mais informal tem sido constante no futebol nacional. Além de dar uma dose de humor para os torcedores, cada clube vem dando espaço até mesmo a provocações com adversários tradicionais. Porém, a repercussão da postagem feita pelo Flamengo para celebrar a vitória da equipe sobre o Botafogo, por 2 a 1, no Nilton Santos, apontou um alerta quanto ao tom das brincadeiras.

Consultor de marketing na web pela empresa E-Dialog, Renan Caixeiro apontou ao LANCE! que as expressões "Pode fugir, pode correr" divulgadas no Twitter do Flamengo apontaram o quanto um clube tem de medir suas palavras também nas redes sociais:

- O clube deve saber que seu Twitter também tem um caráter institucional, e qualquer postagem causará uma repercussão de grande dimensão. Não há problemas de fazer provocações sadias, desde que seja uma ação inteligente, e não provoque nenhum transtorno. Mas, no caso do Flamengo, o que seria uma brincadeira acabou fazendo parte de um contexto de um jogo marcado por violência de torcidas e por uma morte.

No jogo, houve confronto de organizadas, com oito feridos e a morte de Diego Silva Santos, de 28 anos. A publicação no Twitter oficial do Rubro-Negro foi rebatida com repúdio pelo perfil do Botafogo, que questionou se o clube queria "fazer apologia à violência".

Aos olhos de Caixeiro, cada clube tem de pensar na maneira como os torcedores receberão a informação:

- O clube, assim como qualquer empresa ou marca, deve ter um preparo para administrar a rede social. É preciso administrar crises, e ver em quais pontos deve tocar, para ser extremamente profissional no trabalho, e não dar margem para más interpretações.

O consultor vê com bons olhos a maneira como os clubes estão utilizando suas redes sociais:

- No geral, o trabalho vem sendo bem feito. Os clubes souberam conciliar bem o trabalho informativo e lidar com a paixão do torcedor. Mas devem evitar sempre as armadilhas.