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Bruno foi surpreendido por decisão de sua soltura, conta advogado

24/02/2017 14h27

A surpresa e a emoção marcaram o momento em que Bruno soube que poderia sair da cadeia. Em entrevista nesta sexta-feira ao "G1", o advogado do goleiro, Lúcio Adolfo, revelou que o goleiro não poupou lágrimas ao ficar a par da liberação determinada pelo ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF):

- Ele não esperava. Ficou com os olhos cheios d'água.

O advogado afirmou que Bruno já está de malas prontas para deixar a Associação de Proteção e Assistência aos Condenados (Apac), em Santa Luzia (MG), onde está detido. A dentista Ingrid Calheiros, mulher do goleiro, está em Belo Horizonte para se encontrar com o marido.

O Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJ-MG) confirmou que recebeu a notificação da decisão de liberar Bruno e depende da Vara de Execuções Penais de Santa Luzia para dar o aval sobre a soltura. A expectativa do advogado é de que a liberação ocorra ainda nesta sexta-feira.

O advogado não adiantou onde Bruno fixará residência. Segundo decisão do STF, o goleiro terá de informar à Justiça sobre o local onde morará, além de ser obrigado a atender às convocações que forem feitas. Bruno também precisará comunicar eventual transferência e adotar "a postura que se aguarda do cidadão integrado à sociedade."

Em relação aos planos de Bruno após a saída da cadeia, Lúcio Adolfo foi reticente:

- Os planos do Bruno na sua vida particular, apesar de conhecê-los, eu não tenho liberdade, não me sinto com calma para decrevê-los. Trata-se de um problema da vida privada dos dois. Eu posso antecipar que um período eles terão que ficar aqui, certamente, para se justificar diante do juiz, de onde vão morar, qual é a atividade profissional.

Bruno fora condenado em 2013 a 22 anos e três meses de prisão pelo assassinato e ocultação de cadáver de Eliza Samudio, e pelo sequestro e cárcere privado do filho Bruninho. O goleiro aguarda o julgamento da apelação no Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJ-MG). Aos olhos do ministro do STF, há excesso no prazo dessa prisão, e ele tem direito de aguardar ao processo em liberdade.