"Defesa fechada" em mata-matas é arma do São Paulo na Copa do Brasil
O São Paulo tem sofrido críticas pelo alto número de gols sofridos em 2017, mas um aspecto serve de motivação para a decisão desta quarta-feira às 19h30 contra o PSTC-PR, pela segunda fase da Copa do Brasil. Todos os gols sofridos da equipe foram no Campeonato Paulista. Nos três jogos eliminatórios que fez no ano, o time tricolor passou sem ser vazado.
A defesa começou o ano como terminou: elogiada. Com Rodrigo Caio de volante, e Maicon ao lado de Breno depois Douglas, o São Paulo não sofreu gols contra River Plate (ARG) e Corinthians e sagrou-se campeão da Florida Cup, torneio de pré-temporada disputado nos Estados Unidos. Ironicamente, nesses jogos a crítica recaiu sobre o ataque, que também passou em branco. Os dois embates foram 0 a 0 e terminaram decididos nos pênaltis.
Com o começo das competições, a situação se inverteu. Logo na estreia do Campeonato Paulista, o time sofreu 4 a 2 do Osasco Audax, na Arena Barueri. Foi o último jogo que Rodrigo Caio iniciou como volante. Depois, ele retornou à zaga, e a melhora foi rápida. No jogo seguinte, novamente eliminatório, o time venceu o Moto Club-MA por 1 a 0 em São Luis e se classificou para a segunda fase da Copa do Brasil.
Porém, nem a força de Rodrigo Caio na zaga impediu que o São Paulo sofresse. Foram 13 gols sofridos no Paulista, em seis jogos disputados. São mais de dois por partida. Apenas no clássico contra o Santos, na Vila Belmiro, a equipe sofreu um gol só. Nos outros, dois ou mais. Situação preocupante, mas que não deve fazer o técnico Rogério Ceni mudar o estilo ofensivo do time. A ordem é equilibrar.
"Com certeza, não (mudará o esquema). Temos treinado isso desde a pré-temporada. Marcar pressão, toque de bola. Não vamos mudar nada. Vamos entrar com a mesma determinação, para buscar essa classificação", avaliou o atacante Luiz Araújo.
O São Paulo sofre, mas faz muitos gols. E contará com reforços importantes para concluir a missão de vencer e, assim matar o jogo no tempo normal sem a necessidade de pênaltis, em caso de empate. Cícero, após cumprir suspensão, Cueva e Pratto, poupados no último jogo, retornam. Foram 17 gols marcados no ano, 14 oriundos de jogadores de ataque - Thiago Mendes (2) e Rodrigo Caio são exceções.
É assim, louco para atacar e disposto a defender, que o São Paulo tentará manter vivo o sonho do título inédito.
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