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Camilo se desculpa com o elenco: 'Passou o respeito que tem pela gente'

11/04/2017 09h40

Contra o Fluminense, neste domingo, Camilo entrou em campo com a equipe, tentou jogadas e comemorou os gols com os companheiros e, no final, fez parte dos abraços da vitória. Parecia tudo certo. E aparentemente já estava. Mesmo assim, o meia reuniu o elenco do Botafogo para uma reunião antes do treino desta segunda-feira. Foi a trégua. A bandeira branca. O pedido oficial de desculpas a todos.

O meia, que se recusou a treinar na sexta-feira e, no sábado, nem foi ao Estádio Nilton Santos, precisava mostrar aos colegas de equipe que realmente não se incomodava em sentar no banco de reservas. Nesta segunda, então, discurso foi no sentido de valorizar a união do grupo, como revelou Igor Rabello.

- O Camilo só passou o respeito que tem pela gente, explicou a situação dele. A situação dele particular não vem até a gente. Só tenho elogios a ele, é um cara excepcional, que está sempre ajudando. A gente sempre vai recebê-lo da melhor forma aqui dentro - garante Rabello.

O papo com o técnico Jair Ventura e com o gerente de futebol Antonio Lopes já havia acontecido antes do jogo, mas era preciso garantir que o momento de "estrelismo" havia mesmo ficado no passado. Ao que parece, ficou, a relação com o treinador teve novos momentos positivos e, agora, já é possível olhar para trás com serenidade.

- Foi um caso isolado. Conversei com ele. Na concentração, já fiquei brincando com ele. Foi bem resolvido. Resolvemos ali, em casa, sem passar para a imprensa e para a torcida que tinha algo ruim no grupo. Passou aquele momento e vai morrer ali. Foi um caso isolado, agora é pensar para a frente - disse Dudu Cearense ao canal por assinatura Sportv.

A revolta de Camilo antes do treino da última sexta-feira abalou o Botafogo. Jogadores e comissão técnica ficaram surpresos com a recusa do meia em ser reserva. Chocados com a atitude e, principalmente, por ter partido de alguém de comportamento normalmente tão pacífico. A reunião ainda no campo serviu para unir os jogadores.

Camilo entendia que, por estar jogando fora da melhor posição (meia central), sacrificado, não merecia ser sacado do time titular na partida pela Libertadores. Por outro lado, o meia não tem participações diretas nem em forma de assistência, muito menos de gols este ano. Aliás, ele não marca desde setembro. Na Colômbia, ele terá uma grande oportunidade.