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Felipe Melo cita 'ousadura' de Eduardo Baptista para defendê-lo

23/04/2017 09h35

Muitos torcedores elegeram Eduardo Baptista como culpado pela eliminação do Palmeiras na semifinal do Paulistão, diante da Ponte Preta, e já esperam por uma troca de treinador. Felipe Melo discorda completamente dessa visão.

- São números. Como a gente vai criticar um cara que tem mais de 80% de vitórias? É complicado. A gente é líder de uma competição (Libertadores), fomos os melhores da outra até aqui. O Eduardo mudou o esquema tático e dominamos o jogo. Ninguém vai falar da mudança do esquema tático e da ousadia do Eduardo? Ousadia, não, ousadura - disse o camisa 30.

O aproveitamento de Eduardo, na verdade, não chega a 80%. Mas é alto: são 13 vitórias, quatro empates e quatro derrotas na temporada, o que resulta em 68% de aproveitamento. No Campeonato Paulista, apesar da eliminação, o time que mais pontuou é o Verdão, com 34.

Quando fala sobre a mudança de esquema, Felipe Melo se refere ao próprio posicionamento. Por orientação de Eduardo Baptista, ele atuou quase como um zagueiro pelo lado esquerdo para cobrir as costas de Egídio, mesma função que Mina executou pela direita. Com isso, o Palmeiras teve os dois laterais livres para atacar uma Ponte Preta que se fecha muito bem pelo meio. A pressão aconteceu, mas os gols necessários não saíram. Era preciso reverter a vantagem de 3 a 0 construída pela Macaca em Campinas.

- Cada minuto em que você não está concentrado pode fazer o seu castelo desmoronar. Foram os 20, 30 minutos de sono que tivemos lá em Campinas que determinaram nossa saída da competição - disse Felipe Melo.

O volante não gostou de ouvir um repórter sugerir que o Palmeiras teve mais coração do que técnica diante da Ponte:

- Desculpe, mas eu creio que para você fazer uma pergunta você tem de, no mínimo, entender de futebol. Como você pode fazer uma pergunta dessas para mim? Se nós dominamos, se tivemos posse de bola, se finalizamos, então tecnicamente fomos superiores a eles também. Tem de pensar antes de fazer pergunta. O povo que está escutando vai pensar que o Palmeiras só correu, e não, a gente dominou, mesmo com um novo esquema tático. Se de repente a bola tivesse entrado com um minuto, como entrou a da Ponte, teria sido de outra maneira - declarou.