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Renovação de Lugano está entre os desafios de novo diretor do São Paulo

Rubens Chiri / São Paulo
Imagem: Rubens Chiri / São Paulo

07/05/2017 06h15

Confirmado na última sexta-feira como diretor executivo de futebol do São Paulo, Vinicius Pinotti assume um dos cargos mais cobiçados do clube tendo a confiança do presidente Carlos Augusto de Barros e Silva e do técnico Rogério Ceni, de quem é próximo. E de cara ele terá decisões importantes para tomar, que partem desde a redução do elenco para o segundo semestre, planejamento estratégico e a renovação ou não do contrato do ídolo Diego Lugano.

O contrato de Lugano vence no dia 30 de junho e o São Paulo já avisou que discutirá o assunto quando estiver próximo de tomar uma decisão. O desejo do jogador é permanecer. Pinotti terá papel importante na condução da situação. Para a maior parte da torcida, é necessário prolongar o contrato do ídolo, que disputou apenas seis jogos neste ano. A decisão não é simples. Rogério Ceni também parece favorável.

Outra questão importante é a montagem do elenco para as disputas do Campeonato Brasileiro e da Copa Sul-Americana. Rogério Ceni já avisou que espera contar com um grupo mais enxuto. De 34 atletas atualmente, ele espera reduzir para 29. Portanto, será preciso liberar jogadores, além de João Schmidt e Chavez, que são saídas confirmadas.

Rogério também gostaria de ter pelo menos dois jogadores com condições de brigar para serem titulares. Dar mais protagonismo ao grupo. Um meia e um atacante de lado, de preferência. A diretoria de futebol fará algum investimento para atender aos desejos do comandante?

Pinotti tem por característica colocar a autonomia como condição para trabalhar no clube. Recebeu no marketing e ganhou respaldo para ir ao futebol, a menina dos olhos do clube. Quer trabalhar em sintonia com o Conselho de Administração, mas ciente de que o órgão é regulatório e não de execução. A responsabilidade estará com ele.

Uma vantagem importante para o ex-diretor de marketing do clube é a boa relação com Rogério Ceni. Foi Pinotti quem organizou toda a festa de despedida do ídolo, no fim de 2015, evento que entrou para a história do clube. Ele foi figura importante na volta de Ceni como treinador e é um dos poucos dirigentes no clube que têm trânsito livre com o ex-goleiro. É um dos argumentos apontados no São Paulo para rebater aqueles que temem pelo surgimento de um novo Adalberto Baptista, que também saiu do marketing para assumir o futebol e entrou em atrito com o ídolo maior. Adalberto deixou o futebol em 2013, sem deixar saudade na torcida.