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Diretoria do Bangu denuncia agressão no vestiário após empate com a Desportiva-ES

11/06/2017 16h34

Após o empate com gol polêmico no fim da partida, que se encerrou em 2 a 2 entre Desportiva-ES e Bangu-RJ, ao descerem para o vestiário, dirigentes e jogadores do Alvirrubro Carioca foram agredidos por torcedores que invadiram o local no estádio Engenheiro Araripe, em Cariacica. A denúncia foi feita pelo mandatário do clube, Jorge Varella. Apesar da ausência no jogo de ontem, o presidente está a par do ocorrido.

- Estou no Rio de Janeiro, mas a par de tudo o que está acontecendo. A informação que chegou é que o portal do vestiário foi arrombado e agrediram covardemente os jogadores do Bangu e membros da comissão técnica. Jogaram garrafas, cortaram perna e as costas de alguns. Solicitei ao delegado da partida que mencione isto no relatório do jogo. Procuramos saber da arbitragem se eles vão informar na súmula do jogo. Também dei a providência de encaminhar todos para a delegacia e levar todas as fotos que têm com eles para que seja feito um boletim de ocorrências e as providências cabíveis sejam tomadas - afirmou Varella.

Confira na íntegra a nota de repúdio lançada pelo clube após a ocorrência:

"É com tristeza que o Bangu Atlético Clube vem a público comentar um fatídico episódio que ocorreu com nossos atletas e funcionários neste sábado, 10, no Estádio Engenheiro Araripe, em Cariacica, Espírito Santo.

Nossos atletas e funcionários foram covardemente agredidos por bandidos travestidos de torcedores da Desportiva Ferroviária ao final do jogo entre as equipes. O vestiário em que estava a equipe do Bangu Atlético Clube foi arrombado e invadido por estes meliantes armados com garrafas e outros objetos cortantes.

Não bastasse a invasão ora relatada, nosso atleta Hygor Guimarães foi covardemente agredido com uma garrafa de vidro de grande periculosidade, o nosso zagueiro Cleidson teve corte em uma das mãos e nosso massagista Marcos Aurelio também foi vítima com um golpe pelas costas que deixou um relevo na região atingida.

Ressaltamos que o Bangu Atlético Clube não aceita que eventos como esse aconteçam e se repitam. O clube repudia qualquer ato de violência e aguarda providências das autoridades, inclusive as autoridades esportivas, no sentido que esses indivíduos sejam punidos. A todos os profissionais que passaram por este incidente desagradável, manifestamos apoio e solidariedade."

Na súmula, porém, a arbitragem relata "que nenhum fato foi presenciado pela equipe de arbitragem e delegado da partida, apenas fatos narrados pelo dirigente (Celso Bandeira) do Bangu Atlético Clube ao delegado da partida".

O volante Hygor também se feriu, assim como Roberto Fernandes e membros da comissão técnica foram atingidos por pedras arremessadas ao vestiário.

Antes da invasão e agressão, os ânimos já estavam quentes após a marcação de pênalti aos 51 minutos da segunda etapa, que configurou o empate entre as equipes. Ao se encerrar o jogo, o zagueiro Walter foi expulso pelo árbitro Edson da Silva, que alegou ter sido agredido verbalmente pelo defensor do Bangu.

Os fatos tendem a serem apurados e a diretoria do Desportiva-ES também lançou uma nota oficial como direito de resposta, para contestar o que foi alegado pelos dirigentes banguenses:

"A Desportiva Ferroviária, como direito de resposta aos fatos relatados pela delegação do Bangu Atlético Clube, vem a público informar a sua versão sobre o acontecido.

Segundo o clube visitante, torcedores grenás teriam arrombado a porta do vestiário - porta essa que fica voltada para a rua de fora do estádio Engenheiro Alencar Araripe.

Porém, na porta não há sinais de tal ato. Após os então torcedores baterem na porta, os jogadores do Bangu abriram a mesma e foram de encontro à eles na calçada do estádio.

Dentro do vestiário também não há nenhum indício de vidros como alega a delegação banguense.

A Desportiva Ferroviária vem lamentar o fato ocorrido e espera que o acontecido seja devidamente apurado. Também frisamos que somos contra qualquer tipo de violência no esporte."