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Flu busca reforços e Scarpa destaca força de Xerém: 'É a nossa guerra'

17/06/2017 07h00

As vitórias não vêm e a cobrança aumenta sobre o elenco do Fluminense. Apesar da pouca idade, Gustavo Scarpa é uma das referências no Tricolor e está consciente da responsabilidade que tem vestindo a camisa 10. Um dos vários nomes revelados em Xerém, o meia confia no elenco jovem. O sentimento é de união pela causa, comentou Scarpa após o treino de sexta.

- Acho que é a primeira vez que o Fluminense passa por isso, de só poder usar a base. A direção falou desde o começo. Temos de abraçar a causa, fechar o olho e ir para a frente. Sabemos das dificuldades do clube. Essa é a nossa guerra - comentou Gustavo Scarpa, dono da camisa 10 do Fluminense.

Na derrota para o Grêmio, 2 a 0 no Maracanã, nove dos 14 nomes acionados por Abel Braga foram revelados na "Fábrica de Talentos". Lançar jovens não é uma novidade para o treinador, e a conversa no dia a dia é fundamental para que alguns dos garotos não sintam o peso quando entrarem em campo..

- Converso muito com eles, passo confiança. Não atiro nada neles além do normal de responsabilidade. Digo de comportamento. Com a bola, mando ser atrevido. Sem a bola, tem de cumprir o combinado. É claro que, com muito garoto, pode ser que pese - avaliou o comandante após o jogo com o Grêmio.

Nas última semanas, o Fluminense sofreu com várias baixas. Oito jogadores chegaram a ocupar o DM. Os casos mais sérios são de Luiz Fernando e Pierre, que só devem voltar a atuar em 2018. O meia Sornoza, que operou o tornozelo esquerdo há 25 dias, ainda deve desfalcar o Tricolor nos próximos dois meses.

Assim, a diretoria está procurando reforçar o elenco como pode. Luquinhas, Marlon Freitas e Peu, que estavam no STK Flu Samorin, foram integrados ao grupo de Abel Braga. Na quarta, representantes do clube fizeram uma oferta por Marlon, mas não houve acordo com o Criciúma pelo lateral-esquerdo.

Abel admite que há carência no elenco, mas não lamenta o fato. Segundo o treinador, a diretoria o avisou das dificuldades quando o contratou no fim de 2016.

- Eu entrei no clube sabendo da situação e do que eu iria enfrentar. O clube tem tentado algumas coisas nos últimos dias. Não é dizer que vai chegar, mas tem possibilidade de chegar. Há situações de carências. Entrei sabendo, ninguém me forçou a assinar contrato. Estou feliz - afirmou o técnico Abel.

Confira outras respostas do meio-campista Gustavo Scarpa:

Ainda espera evoluir fisicamente nos próximos jogos?

Recuperado, me considero. Não sinto mais nada, graças a Deus. No tático e no físico, estou quase lá. Tem de pegar mais confiança. Espero que consiga ajudar o time no domingo. Já tenho um porte físico pequeno, então, isso acaba atrapalhando. O pessoal tem me ajudado bastante. Faço alguns exercícios extras para recuperar. Os dois últimos jogos, contra Palmeiras e Grêmio, foram bem complicados, times com muita qualidade. Vou melhorar. Mais uns dois jogos já me sentirei apto a estar fisicamente 100%.

Como viu a cobrança da torcida após a derrota para o Grêmio?

Sempre digo, a maior cobrança é a minha. É claro que as vaias atrapalham, mas é um direito do torcedor. Se eu erro, me cobro no jogo. Assisto ao VT e vejo o que posso melhorar. O momento é delicado, a gente precisa de ajuda de todo mundo

O Fluminense tem saído atrás do placar nas últimas partidas. O quanto dificulta sofrer gols logo no início?

Ontem foi difícil, sofremos gol de bola parada, o time deles estava bem postado. Eles não criaram uma chance clara de gol. A gente não se abateu, tentamos o empate. O que acontece é que o time deles tem talvez o melhor futebol. A gente não se conforma com as derrotas. Esperamos ganhar no domingo.

Scarpa, viu falha de Júlio César nos gols sofridos contra o Grêmio?

Eu consigo falar se a falta foi bem batida. Só posso falar das coisas que tenho credibilidade, eu cobro faltas. Júlio disse que não era defensável. Então, estamos fechados com ele. E com o Cavalieri também.