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Preparador físico do Flamengo fala sobre condição de jogadores

04/07/2017 19h41

O preparador físico do Flamengo, Daniel Gonçalves, concedeu uma entrevista ao site oficial do clube e falou sobre a condição de diferentes atletas. Ele ponderou que Everton Ribeiro e Rhodolfo ainda precisam se readaptar ao futebol brasileiro e falou também sobre os casos de Juan e Thiago Santos, que estão em recuperação no Ninho do Urubu.

Confira abaixo parte da entrevista divulgada pelo Flamengo.

Fernando Gonçalves:

Berrío

Está em um processo evolutivo. Como se sabe, ele fez uma temporada bastante satisfatória no Atlético Nacional no ano passado, disputando, em dezembro, o Mundial de Clubes da FIFA. Isso encurtou seu período de férias e, consequentemente, sua recuperação. Portanto, não se pode esperar que o atleta atinja nível de performance na mesma velocidade dos demais. Mesmo com pouco tempo que teve de descanso após o Mundial, ele chegou ao clube na pré-temporada para disputar as competições com o Flamengo. Diante deste cenário, o CEP identificou algumas necessidades imediatas, como melhorar a recuperação do atleta após os jogos e fazer alguns ajustes finos em termos de equilíbrio muscular e biomecânico. Com os treinos específicos, Berrío tem evoluído cada dia mais, desempenhando seu futebol de maneira muito satisfatória, vide a partida contra o Santos. Ele nos confidenciou que no Campeonato Colombiano os jogos não são tão intensos e sucessivos quanto aqui. No Brasil, todos os jogos são de alta dificuldade e complexidade. Isso só valoriza ainda mais a metodologia do CEP.

Thiago Santos

Está em processo final de recuperação pós-lesão, mais precisamente na fase 5. Ele está sendo reincorporado ao grupo gradativamente, já realiza alguns trabalhos, necessitando ainda de um ajuste fino de reequilíbrio muscular e também de algumas ações em relação à potência, às acelerações e à imprevisibilidade. Acreditamos que, cumprindo essas etapas finais, ele estará 100% e à disposição do treinador Zé Ricardo.

Gabriel

Tem treinado juntamente com a equipe. Pelo tempo de inatividade, obviamente ele perdeu condicionamento, um pouco de massa magra, força e potência. Consequentemente, necessitou de um trabalho específico para que as readquirisse. No jogo-treino que ocorreu na semana passada, e durante os treinamentos desta semana, percebeu-se que ele atingiu padrões similares aos de jogo e, por isso, está à disposição do treinador Zé Ricardo.

Juan

O atleta saiu do jogo diante do Santos sentindo dores na região anterior da coxa. Não foi constatada lesão. Ele tem realizado trabalhos específicos, tanto no campo como na academia, e será avaliado no dia a dia, sendo mais exigido no decorrer desta semana.

Everton Ribeiro e Rhodolfo

Os dois vêm de final de temporada, vinham treinando normalmente. É claro que eles ainda necessitam de uma readaptação ao futebol brasileiro, e isso é um processo. O futebol do Qatar não é jogado em tão alta intensidade como no Brasil e nos grandes centros mundiais. O Everton tem conseguido desempenhar em campo, porém necessita de trabalhos específicos de potência e resistência, o que já temos realizado de maneira controlada. Gradativamente, com esses trabalhos e inserções nos jogos, ele deve suportar os noventa minutos. Rhodolfo também têm feito trabalhos especiais de potência. É um atleta de muita força, de uma composição corporal elevada. Ele já tem suportado os noventa minutos, porém necessitamos acelerar seu tempo de recuperação. O fato de um já jogar noventa minutos e outro não, deve-se às ações motoras. Obviamente, os atletas que jogam nas posições laterais do campo, como o Everton Ribeiro, são mais exigidos, enquanto os que atuam nas posições centrais percorrem distâncias menores. Essa diferença é verificada nos jogos e também nos planejamentos de ambos.

Guerrero

Com as avaliações periódicas que temos realizado no CEP, procuramos desenvolver potencialidades e tentar melhorar as deficiências. Com essa sequência de jogos, o atleta muitas vezes perde força e massa muscular, interferindo diretamente nas performances. Portanto, procuramos trabalhar de acordo com as características do Guerrero nos jogos. Ele é um atleta que tem contato com os zagueiros e necessita do arranque curto. Temos feito esses trabalhos de força e potência, com uma periodização adequada aos jogos, e observamos uma melhoria do Guerrero de 2017 em relação ao Guerrero de 2016. Esperamos que ele ainda aumente seu desempenho ao longo da presente temporada.