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Por exigência de Rodrigo Caio, São Paulo reduziu multa rescisória

10/07/2017 18h21

O São Paulo pode perder Rodrigo Caio a qualquer momento. Na semana passada, o Zenit (RUS) sinalizou que pagará 18 milhões de euros (cerca de R$ 67,5 milhões) pelo zagueiro. O valor corresponde à multa rescisória. Neste caso, se houver a anuência do atleta, não há o que o clube fazer. No entanto, o montante que precisaria ser pago para tirar o zagueiro era substancialmente maior até março, quando as partes anunciaram a renovação do vínculo - o contrato que vencia em outubro de 2018 foi estendido até outubro de 2021.

Isso aconteceu por exigência de Rodrigo Caio. O jogador entendia que o valor antigo (perto da casa dos 30 milhões de euros, ou R$ 111 milhões) dificultava uma possível saída para a Europa, um sonho que ele nunca escondeu. As partes conversaram e concluíram que o acordo era melhor para todos.

Até porque a atual janela de transferências internacionais de verão na Europa, quando o mercado é muito mais agitado, seria a última com possibilidade de lucro para o São Paulo sobre Rodrigo. Isso porque, no meio do ano que vem, ele já poderia assinar um pré-contrato com qualquer outro clube - a Fifa permite até seis meses antes do término do vínculo. Foi esse o entendimento dos dirigentes para aceitar a condição sugerida pelo jogador.

O São Paulo não gostaria de se desfazer de Rodrigo Caio agora. Tanto que, na reunião de contratação de Dorival Júnior, no início da semana passada, foi prometido ao técnico que não haveria negociação para vendê-lo. Mas não há o que fazer com o pagamento da multa rescisória, considerado alto na visão da cúpula.

- Nunca houve negociação pelo Rodrigo Caio. Foi sinalizado que haveria o pagamento da multa rescisória, e não há negociação nesses casos. O São Paulo não tem intenção de negociar, mas todo contrato tem uma multa e se houver pagamento, depende do jogador. Houve uma sinalização que não ocorreu e ele foi pro jogo domingo. Não há uma novidade - afirmou Vinicius Pinotti, diretor executivo de futebol, nesta segunda-feira, durante a apresentação de Dorival.

Vale lembrar que Rodrigo sempre foi alvo de clubes europeus nas últimas janelas. Desde 2014, o São Paulo chegou a negociar com Monaco (FRA), Valencia (ESP), Atlético de Madrid (ESP) e Hamburgo (ALE), para citar alguns exemplos. Surgiram propostas de 12 milhões de euros até 15 milhões. Assim, considerou-se o valor de 18 milhões razoável. Quantia que deve ser paga pelo Zenit agora para contar com o defensor campeão olímpico na Rio 2016 e convocado por Tite para a Seleção Brasileira principal em algumas situações.

Rodrigo se interessou pelo Zenit pela questão financeira (receberá salário muito superior ao que ganha no Brasil) e a possibilidade de jogar no país da Copa do Mundo do ano que vem, seu maior objetivo. No clube russo atua Giuliano, meia constantemente convocado por Tite, mostra de que o técnico observa a equipe.