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De licença, Galiotte é defendido por Mattos: 'Fala comigo todo dia'

14/07/2017 17h19

Os maus resultados do Palmeiras fizeram com que as críticas ao período de licença tirado pelo presidente Maurício Galiotte aumentassem. Ele está fora desde o dia 2 de julho, e depois disso o Verdão já foi derrotado em Guayaquil pelo Barcelona, pela Libertadores, e perdeu um Dérbi. Alexandre Mattos, diretor de futebol, minimizou a ausência do mandatário e o elogiou.

- Ele fala comigo todo dia e também conhece profundamente os profissionais. Estou aqui hoje porque ele renovou comigo e me conhece profundamente. Ele conhece o Cuca profundamente. O Maurício tem quatro anos e meio de Palmeiras e participou de todos os títulos, as fotos estão aí. A gente conhece o Paulo (Nobre), né? Quando ele não concorda, ele mina. E ele colocou o Maurício para ser o presidente. Quando a torcida for criticar, lembre que ele participou disso tudo e está participando para caramba, nos passa segurança e confia no que está aqui - disse Mattos.

A licença de Galiotte deve durar mais uma semana. Ele se afastou para viajar com a família, algo que já estava marcado, mas aproveitou para ir a Barcelona tratar sobre o empréstimo do jovem Vitinho, confirmado nesta semana.

- Quando leio, parece que o Maurício tem seis meses de Palmeiras. "Chegou agora e saiu de férias?". Primeiro, ele tem um compromisso em Barcelona. Segundo, é uma situação marcada. Para quem não sabe, nos últimos quatro anos, ele foi um vice atuante com o Paulo Nobre. Foram anos desgastantes e ele participou ativamente de tomadas de decisões. O Gabriel Jesus ia para o São Paulo e o Maurício foi fundamental para ele permanecer. Se não fosse o Maurício, ele ia pular o muro. Não tem problema nenhum esse cara pegar a família e fazer uma viagem marcada há mais de um ano - emendou o dirigente.

No período de ausência de Galiotte, o Palmeiras demitiu dois profissionais da comissão técnica: o coordenador científico Altamiro Bottino e o termografista David Mahamud. Alexandre Mattos tomou a frente destas decisões. Nesta sexta, justificou a saída de Altamiro:

- O Altamiro é um excepcional profissional, fez um trabalho de excelência aqui dentro, foi fundamental na construção disso que temos com o maior orgulho do mundo (centro de excelência). Mas a vida tem ciclos, e ele cumpriu o dele. Aí temos que ter responsabilidade, entra o cenário dos gastos. O Palmeiras não tem luxo aqui dentro. Aí vem a gestão, a minha responsabilidade, de ter os melhores, sim, mas que trabalhem tendo sua função bem clara. O Altamiro cumpriu o trabalho dele aqui, eu adoro, e se a gente detectar que a saída foi ruim ele volta. Mas nesse momento ele cumpriu o ciclo dele e a gente precisava seguir por outro caminho - disse.

O presidente em exercício neste momento é Genaro Marino, primeiro vice. Trata-se de um dos três vices que posicionou-se contra Maurício Galiotte depois que ele rompeu com Paulo Nobre - os outros são Victor Fruges e José Carlos Tomaselli. O único dos quatro que mantém-se ao lado do atual mandatário é Antonio Jesse Ribeiro, que estava no gramado da Academia durante o treino desta sexta ao lado do filho, Guilherme Ribeiro, e de Seraphim Del Grande, presidente do Conselho Deliberativo.