De Ronaldo a Neymar: cláusulas contratuais se tornam traiçoeiras
A "mudança de rota" realizada por Neymar não é algo inédito no futebol mundial. A negociação milionária, que deve tirar o brasileiro do Barcelona para seguir no PSG, ocorre 20 anos após outro caso emblemático no mercado da bola: o "roubo" de Ronaldo, no qual o clube catalão também ficou a ver navios.
Criadas como forma dos clubes se protegerem do risco de perder seus melhores jogadores, as cláusulas contratuais, com o passar dos anos, se tornaram traiçoeiras. O diário "Corriere dello Sport" trouxe casos mais flagrantes.
RONALDO (1997)
Massimo Moratti estava fascinado com o futebol de Ronaldo. Para vencer a concorrência com a Lazio, os "neriazzurri" não mediram cifras e desembolsaram a multa rescisória de US$ 27 milhões para tirá-lo do Barcelona. De nada adiantaram os protestos do Barça, que se amparou no argumento de que o valor da cláusula se limitava a clubes espanhóis. A Fifa deu sinal verde para a inter, que o recebeu de maneira triunfal.
LUIS FIGO (2000)
Convencido de que aprendera a lição, o Barcelona decidiu aumentar o valor da sua nova estrela, Luis Figo. Porém, em 2000, o português saiu debaixo do seu nariz da mesma forma, e logo para vestir a camisa do Real Madrid. Era a época dos galácticos, e o mandatário Florentino Pérez desembolsou 60 milhões de euros para fazer uma afronta ao clube catalão. A raiva "blaugrana" foi vista anos depois, quando, das arquibancadas do Camp Nou, torcedores lançaram para Figo uma cabeça de porco.
CAVANI (2013)
A moda da cláusula de contratos passou a se estender pelo mundo afora. O Napoli a utilizou, e obrigou o PSG a desembolsar 63 milhões de euros (à época, R$ 182 milhões) para tirá-lo dos "azzurri".
MARIO GÖTZE (2013)
Também em 2016, uma rivalidade ficou ainda mais acesa graças à cláusula de contrato. Com 20 anos, Mario Götze trocou o Borussia Dortmund pelo Bayern de Munique, que pagou 37 milhões de euros (em torno de R$ 97,4 milhões de euros na época). O jovem foi chamado de "Judas" pelos aurinegros.
HIGUAÍN (2016)
A confirmação do pagamento de multa rescisória também tirou um artilheiro do Napoli em 2016. Pelo argentino Higuaín, a juventus desembolsou 90 milhões de euros (R$ 333,6 milhões. à época).
PJANIC (2016)
O pagamento estipulado na multa rescisória também foi o meio no qual a juventus tirou Pjanic da Roma. A "Velha Senhora" desembolsou 32 milhões de euros (R$ 124 milhões) pelo bósnio.
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