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Ainda sem ser 'Arbolenda', zagueiro fala em concurso de dança com Mina

15/08/2017 19h05

Na luta para se afastar da zona de rebaixamento do Campeonato Brasileiro, o São Paulo conta com um zagueiro que valoriza a grandeza do clube e, por enquanto, ainda não aceita o apelido que tem recebido da torcida. Encantado com os são-paulinos, Arboleda ainda não se julga digno de ser chamado de "Arbolenda". Ao menos, aceitaria um desafio de dança com o colombiano Yerry Mina, do Palmeiras.

- Não sei quem dança melhor. Ele é colombiano, sou equatorianos, as danças são quase iguais. Precisaria ter um concurso para ver quem baila melhor - disse o camisa 4, no único momento em que sorriu durante sua entrevista coletiva nesta terça-feira. O momento não é nem de aceitar o apelido que a torcida usa para enaltecê-lo.

- No primeiro minuto em que pisei aqui e coloquei a camisa, sempre quis fazer as coisas da melhor maneira. É a minha característica. Estou contente por estar aqui e ver que me chamam assim. Eles me chamam de Arbolenda, mas ainda não mereço. Quero merecer, conseguir muitas coisas com meus companheiros. Quero ganhar a confiança dos colegas, do professor, da torcida e de todos antes de ser chamado Arbolenda. Agora, humildemente, quero trabalhar para melhorar.

Arboleda estreou pelo São Paulo fazendo gol na derrota para o Santos, em 9 de julho, e jogou todas as partidas seguintes, sempre sendo titular. Em sua nona atuação pelo clube, no último domingo, fez o gol de empate na vitória por 3 a 2 de virada sobre o Cruzeiro, no Morumbi com o maior público do Campeonato Brasileiro. Em mais um feito que faz a torcida enaltecê-lo.

- Quando cheguei, nunca pensei que seria assim. A adaptação é difícil. Mas, graças a Deus, eu me adaptei da melhor maneira porque tem um grupo trabalho impressionante que me ajudou a me adaptar e ter a confiança de todos. Para seguir assim, temos de trabalhar dia a dia, felizes, para conquistar coisas importantes - comentou.

Confira outros temas abordados por Arboleda em sua entrevista coletiva nesta terça-feira:

Campanha com Dorival

Em 24 pontos, só conseguimos 12. Não é como queremos. Mas o São Paulo quer fazer o melhor a cada jogo, somos humanos, nunca queremos fazer nada errado, pelo contrário. Com o professor, vamos por um bom caminho e queremos seguir assim.

Torcida

É muito importante saber que a torcida está do nosso lado, nos apoia, quer ver o time para cima. Pessoalmente, é bom saber que tem tantas pessoas nos querendo ver para cima. Coletivamente, também ajuda muito. Cada um que escuta seu nome, sente uma corrente que te ajuda, te leva, e você sempre quer fazer a equipe bem, levá-la pelos melhores caminhos. Agradeço à torcida e a todos que estão nos apoiando e ajudando muito.

Falhas em confrontos diretos

Não gostamos quando adversário fica atrás. O melhor para o São Paulo é que o rival jogue de igual para igual para dar espaço e criarmos. As equipes que jogam atrás trazem dificuldade e isso tem acontecido nos confrontos diretos. Contra Cruzeiro e Botafogo, que saem para o jogo e jogam bem, tivemos chances claras. Quando enfrentamos um rival que fica atrás, dificulta.

Maus resultados fora de casa

O São Paulo é muito grande, jogando em qualquer lugar. Em casa, você sabe que não pode perder por nada no mundo, precisa dos três pontos por respeito à torcida. Quem nos recebe pensa igual, com torcida apoiando e animando para marcar e ganhar. Sei que todos os times são iguais, respeito a todos, mas o São Paulo joga bem e, com o trabalho que estamos fazendo, vamos melhorar. Nesse segundo turno, vão falar bem do São Paulo.

Gols sofridos

Às vezes, é uma pequena desconcentração. Estamos trabalhando e, na maioria dos jogos, sempre saímos para propor o jogo, tendo a posse de bola, sempre atacando. Uma pequena desconcentração nos faz tomar gol. Não queremos isso e estamos trabalhando para melhorar a linha ofensiva e a defensiva para não tomarmos mais gol. essa é a prioridade para vencermos.

Jogo contra o Avaí

Pensamos que, no fim de semana, será uma grande partida para ter três pontos. Será uma final para nós. Precisamos dos três pontos. Podemos jogar mal ou bem, mas o jogo de domingo é muito importante e queremos fazer bem as coisas, ter um grande resultado e sair aos poucos da zona de rebaixamento.

Tabela do São Paulo

Todos os jogos são difíceis, mas, neste momento, pensamos no Avaí, um rival direto. Com três pontos, podemos subir. É pensar no Avaí e, passo a passo, pensar no Palmeiras e nos próximos jogos.

Chance de lutar por algo melhor do que não cair

Para nós, o mais importante é ir passo a passo. Temos confronto direto e temos que tirar a maioria dos pontos e o clássico, que, para todo são-paulino, é muito importante. Mas temos de ir com calma, passo a passo, fazer as coisas bem para tirar o São Paulo dessa. Domingo é uma final, e teremos muitas outras, mas vamos pensar no jogo deste fim de semana para conseguirmos grandes coisas com o São Paulo.

Briga para não cair

Aceitei vir por tudo que escutei e vi do São Paulo, o mais grande daqui, um dos que mais têm torcida, é impressionante como apoiam e os títulos que o clube tem. Lamentavelmente, não está bem neste ano, mas temos jogadores para mudar o que tem acontecido. O São Paulo está apto para fazer bem as coisas e com o trabalho que fazemos, com a família que formamos, com a união do grupo, o São Paulo tem capacidade de sair dessa e melhorar tudo.

Hernanes

É alguém que te motiva por tudo que ele representa no São Paulo, tudo que conseguiu. Com a técnica que tem, bom jogo, você nunca imagina estar com pessoas assim... É muito humilde, tranquilo, te motiva, ajuda o grupo. Ficamos contentes porque ele está fazendo coisas boas. Espero seguir o caminho dele, fazer tudo que representa, aprender e conseguir muitas coisas com ele, unir o grupo e sairmos de onde estamos.

Virada de domingo

Quando conseguimos o primeiro gol, ficamos contentes pelo gol, que foi lindo o gol de Hernanes. Ficamos concentrados, tranquilos, porque a partida dura 90 minutos. Quando eles conseguiram os dois gols, desanimamos porque foi muito rápido e pelo jeito que foi. Nossas linhas estavam bem, aí vem um gol de bola parada e outro em um erro que custa, e ninguém quer errar. Mas o São Paulo tem gana e força necessárias para ir à frente e sair do mau momento. A união do grupo ajudou, com cada um jogando por seu companheiro. Saímos com três pontos muito importantes. O clima melhorou muito. Levar dois gols tão rapidamente desmotiva, mas, se você consegue o empate, sabe que pode conseguir outro. Isso motiva, ajuda e nos faz defender o que é essencial para nós. Todos passaram bem o dia com a família depois disso, saímos do estádio felizes. É trabalhar e pensar no domingo.