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Volante e zagueiro na base, Militão pode ganhar vaga na posição do pai

ARACELI SOUZA/SIGMAPRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
Imagem: ARACELI SOUZA/SIGMAPRESS/ESTADÃO CONTEÚDO

03/09/2017 06h50

Éder Militão, mais uma vez, deve ter chance de se firmar como titular no São Paulo. Mas o jogador de 19 anos, que alternou-se como zagueiro e volante nas categorias de base do clube, deve enfrentar a Ponte Preta, no sábado, como lateral-direito. Exatamente a posição de seu pai.

O hoje camisa 13 do Tricolor é filho de Valdo, lateral-direito que foi campeão paulista e da Copa do Brasil de 1995 pelo arquirrival Corinthians. E Militão sempre ressaltou os conselhos que ouve do pai para deslanchar em sua primeira temporada como profissional.

Aos 19 anos, o jogador já atuou na lateral, mas nunca começou a partida na função. Ocupou a posição durante boa parte da derrota por 1 a 0 para o Atlético-PR, ainda com Rogério Ceni como técnico, em 21 de junho, e, depois, nunca mais o ex-goleiro o utilizou em outras partidas.

O maior trunfo de Militão ao sair de Cotia foi sua capacidade defensiva, tanto na zaga quanto na cabeça de área. Foi alternando-se nessa função, até sendo a chave para o 3-4-3 de Ceni mudar para uma linha defensiva com quatro jogadores, que Militão estreou como profissional já como titular, em derrota para o Cruzeiro na primeira rodada do Brasileiro, e emendou cinco jogos seguidos na equipe em junho - até virar lateral contra o Atlético-PR.

Dorival Júnior já usou Militão duas vezes, sempre como titular: foi zagueiro, substituindo Rodrigo Caio, na derrota por 2 a 1 para o Bahia, em 6 de agosto, e assumiu a vaga de Jucilei como volante por opção do técnico, saindo no intervalo da vitória por 3 a 2 sobre o Cruzeiro, no último dia 13. Agora, entra na lateral por conta da admiração do comandante por sua capacidade de marcar.

"Tenho gostado do Militão. Ele tem perfil, muita força de combate, de marcação, de retomada de bola. No jogo contra o Cruzeiro, ele não estava muito bem em relação à distribuição de bola., mas compensava em retomada e marcação, sempre com posicionamento muito bom. Isso que fez com que fizéssemos observações, como estamos fazendo com ele", disse Dorival.

A vaga na posição do pai de Militão aparece porque o setor é uma das maiores deficiências do elenco do São Paulo. O argentino Buffarini está longe de convencer e Bruno e Araruna, outras opções na função, sofrem com problemas físicos e não devem estar à disposição contra a Ponte Preta.

Provavelmente com Militão como lateral-direito, o São Paulo joga às 19h de sábado, no Morumbi. O time precisa da vitória, já que acumula 23 pontos em 22 rodadas e já tem dez rodadas na zona de rebaixamento do Campeonato Brasileiro, ocupando atualmente a penúltima colocação do torneio.