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Santos x Corinthians: por que eles são os times mais seguros do Brasileirão

07/09/2017 06h00

Terceiro colocado e líder da tabela de classificação do Campeonato Brasileiro se enfrentam neste domingo, às 16h, pela 23ª rodada da competição. Separados por 12 pontos neste momento, Santos e Corinthians têm filosofias e números defensivos bem semelhantes: os donos da casa sofreram 14 gols até aqui, enquanto os visitantes foram vazados apenas 11 vezes. O encontro, portanto, marcará o duelo entre as duas melhores defesas do Brasileirão.

Apesar de serem os times mais seguros do futebol nacional na atualidade, Peixe e Timão tiveram problemas na escalação do setor defensivo em razão de lesões, suspensões e até convocações nas rodadas anteriores. Ao menos uma certeza os times de Levir Culpi e Fábio Carille têm: a segurança proporcionada pela presença de goleiros que vivem fases extraordinárias e foram cotados para a Seleção Brasileira. Da última vez Cássio levou a melhor, mas Vanderlei ainda está no páreo. Vai encarar?

Confira semelhanças na formação das duas melhores defesas do Brasileirão:

Goleiros de alto nível - Vanderlei e Cássio são unanimidades no Campeonato Brasileiro. Pelo lado do Santos, o camisa 1 soma uma média superior a três defesas difíceis por jogo e esteve em campo em 21 de 22 partidas. Já Cássio, convocado para a Seleção Brasileira nos dois últimos jogos das Eliminatórias da Copa do Mundo, participou de todas as partidas do Timão e sofreu só 11 gols. Os dois também são grandes pegadores de pênalti da competição.

Experiência pela direita - Os dois laterais do clássico já são velhos conhecidos de suas torcidas: ambos defendem os clubes desde 2014. Enquanto Victor Ferraz já entrou em campo 163 vezes com a camisa do Santos, Fagner defendeu o Corinthians em 211 partidas. Neste ano, o lateral do Peixe deu três assistências, enquanto o do Timão (e também da Seleção Brasileira) contribuiu com seis passes para gol.

Potencial comprovado pela esquerda - Zeca, de 23 anos, e Guilherme Arana, de 20, são os jovens que provaram capacidade nos times titulares de Santos e Corinthians. Curiosamente, ambos estão no elenco profissional de seus clubes desde a temporada 2014, ano em que foram finalistas da Copa São Paulo de Juniores e o santista levou a melhor. Zeca, aliás, também é campeão olímpico pela Seleção Brasileira, enquanto Arana forma a Seleção sub-20.

Zagas diferentes, mas sem sustos - O Santos utilizou cinco zagueiros diferentes no Campeonato Brasileiro, enquanto o Corinthians teve quatro peças à disposição. No time da casa, a dupla mais frequente foi formada por Lucas Veríssimo e David Braz (16 vezes), mas outras foram usadas: Lucas Veríssimo e Noguera, Lucas Veríssimo e Gustavo Henrique (2), Noguera e David Braz e Lucas Veríssimo e Yuri (1). No Corinthians, a dupla mais frequente foi formada por Balbuena e Pablo (10 vezes), mas outras foram usadas: Balbuena e Pedro Henrique (6), Pedro Henrique e Pablo (4) e Pedro Henrique e Léo Santos (1).

Neste domingo, o Santos vai de Lucas Veríssimo e Gustavo Henrique e o Corinthians com Balbuena e Pablo.

Proteção de qualidade - Tanto Santos, quanto Corinthians atuam com dois volantes à frente da zaga. No caso do time da casa, que já teve Thiago Maia, a dupla é formada por Alison e Renato, enquanto os visitantes apostam em Gabriel e Maycon.

Treinadores que foram zagueiros - Coincidentemente, os dois times que têm as melhores defesas do Campeonato Brasileiro são dirigidos por ex-jogadores que foram zagueiros no passado. Levir Culpi, de 64 anos, jogou entre as décadas de 70 e 80 por clubes como Coritiba, Botafogo e Figueirense. Já Fábio Carille, hoje aos 43, teve carreira profissional como jogador até 2007, tendo maior destaque no Paraná. Ele também jogou no mesmo Coritiba de Levir alguns anos depois.

Levir Culpi está no Santos desde junho deste ano e trabalhou em 20 jogos, com dez vitórias, oito empates e duas derrotas (63,3% de aproveitamento), além de 14 gols sofridos (média de 0,7). Fábio Carille, por sua vez, trabalha no Corinthians desde 2009, mas só assumiu a função de técnico efetivo em 2017. Com ele no comando são 63 partidas: 36 vitórias, 19 empates e oito derrotas (aproveitamento de 67,1%) e 38 gols sofridos (média de 0,6 por jogo).

Os atacantes que se preparem...