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São Paulo se fecha e diretoria tenta respaldar elenco para sair do buraco

Cueva diz que a diretoria faz de tudo para ajudar - Eduardo Valente/Framephoto/Estadão Conteúdo
Cueva diz que a diretoria faz de tudo para ajudar Imagem: Eduardo Valente/Framephoto/Estadão Conteúdo

12/09/2017 06h00

O São Paulo está tentando se fechar ao máximo para conseguir sair da crise e da zona do rebaixamento no Campeonato Brasileiro. Até a próxima sexta-feira, quando costuma falar o técnico Dorival Júnior, não haverá entrevistas coletivas no CT da Barra Funda. A ordem é falar o menos possível e focar no trabalho. Já a diretoria buscou dar respaldo aos jogadores. Nas reuniões da última segunda-feira, o papo foi reto e o recado ao elenco foi: "faremos de tudo por vocês, que só juntos poderão sair do buraco".

O diretor executivo de futebol Vinicius Pinotti e o técnico Dorival Júnior foram os mentores da reunião entre o grupo. Alinhados, o comandante e a diretoria expuseram situações que estão sendo feitas para proporcionar as melhores condições ao elenco. Depois disso, foi dito para que os atletas se fechassem na sala e tirassem a limpo qualquer problema existente.

Em resumo, o que a diretoria tentou passar foi: estamos trabalhando por vocês, podem nos procurar para qualquer problema que houver, inclusive de ordem pessoal, mas se fechem para jogar ao máximo. "Confiamos em vocês e só juntos poderemos sair dessa" foi a frase mais grafada pelo técnico e diretor e que resume a ideia que o São Paulo tentou passar na lavagem de roupa suja.

Neste sentido, ficou para trás, na cabeça dos comandantes, o episódio de atrito entre Rodrigo Caio e Cueva. Incomodado, o peruano concedeu entrevista coletiva e se desculpou com o companheiro. O resultado das palavras do peruano foi considerado positivo pelo clube. Ele disse que não fugirá da responsabilidade e no fim elogiou a diretoria.

"Vocês acham que não temos jogadores para sair dessa situação? A diretoria está sempre junto, dá o melhor, não deve nada, trabalha como time grande, se preocupando não só com jogador, mas como pessoa. Podem não achar isso importante, mas nós, jogadores, achamos", destacou Cueva.

Agora será preciso ver na prática. No próximo domingo, a equipe tem duelo crucial contra o Vitória, concorrente direto na briga contra o rebaixamento. O Tricolor tem 24 pontos, não vence há três jogos e ocupa a 19ª colocação do Campeonato Brasileiro.

Para se ter uma ideia, a última vez que aconteceu de os jogadores não falarem em entrevista no CT por mais de um dia foi em agosto do ano passado, após a invasão de torcedores organizados ao local de trabalho. O episódio culminou em agressões ao lateral-esquerdo Carlinhos, o volante Wesley e o meia Michel Bastos, todos já fora do clube. Na ocasião, o time também brigava contra o rebaixamento, mas se recuperou nas rodadas seguintes e se livrou da queda no fim do ano, até com certa margem. A torcida espera o mesmo agora.