'Construção de vaga': por que Carille não cogita mudar Corinthians ideal
Cássio; Fagner, Balbuena, Pablo e Guilherme Arana; Gabriel e Maycon; Jadson, Rodriguinho e Romero; Jô. A escalação já é conhecida do início ao fim, foi base do time campeão paulista e atualmente líder disparado do Brasileirão, não perdeu jogos em 2017 e dificilmente será alterada até o fim do ano. Ao consolidar um time ideal, o técnico Fábio Carille usa o princípio da "construção de vaga": é o jogador quem "se escala" a partir de um desempenho notável e regular. Neste momento de oscilação do time é que o princípio fica claro.
"Para se construir uma vaga não é um jogo ou um gol", disse o treinador neste domingo, ao ser questionado sobre Clayson, herói do empate em 1 a 1 com o São Paulo, no Morumbi.
Clayson tem 18 jogos pelo Corinthians, quatro assistências e agora um gol marcado - ou seja, ainda não "construiu" sua vaga. Outros reservas vivem situações semelhantes: Marquinhos Gabriel tem quatro gols e cinco assistências em 29 jogos, Camacho tem um gol e uma assistência em 39 exibições e por aí vai. Os titulares destes setores têm números mais atraentes, como Jadson (oito gols e cinco assistências em 38 jogos), Rodriguinho (11 gols e sete assistências em 46 jogos) ou Maycon (cinco gols e cinco assistências em 47 atuações).
"Sei da importância do Clayson, do potencial, como também sei do Marquinhos e do próprio Jadson, que tem atuado. Estão todos brigando, mas é o dia a dia que mostra, o jogo a jogo mostra", esclarece Carille, que admitiu após o jogo contra o São Paulo as quedas de rendimentos de ao menos dois nomes desta escalação ideal: Jadson, que "foi abaixo" e saiu no intervalo do Majestoso para o Corinthians ter mais velocidade com Marquinhos Gabriel, e Maycon, que "os adversários aprenderam a bloquear".
Nos dois últimos jogos do Brasileirão, quem saiu do banco foi decisivo para a conquista de pontos: Marquinhos Gabriel fez a jogada do gol de Jô na vitória sobre o Vasco e Clayson anotou o gol do empate diante do São Paulo. Mesmo com o bom momento do banco de reservas, o time ideal é intocável. Nenhum dos suplentes ainda construiu sua vaga.
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