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Mesmo que discretamente, Botafogo trabalha pelo G4 - que seria vital

25/09/2017 08h00

Ninguém fala abertamente, até pela orientação de Jair Ventura - externada por ele mesmo a cada entrevista - de pensar jogo a jogo. No entanto, o Botafogo trabalha como vital a presença na próxima Copa Libertadores. Após a campanha deste ano, que terminou nas quartas de final, mas cativou a torcida, conseguir nova vaga, agora entre os quatro melhores do Campeonato Brasileiro, é mais do que desejo. É considerado necessidade. Não chega a haver pressão nos bastidores, todavia os atletas já deixaram escapar essa meta após a vitória sobre o Coritiba, neste domingo.

- Esse time tem muita personalidade. Claro que sentimos a derrota de quarta (para o Grêmio), é natural. Quem não sentir nem deve estar aqui. Hoje foi dado um passo importante já para o ano que vem. Estou feliz em ajudar com o gol, sobretudo por entrarmos no G6 do campeonato. Agora que chegamos, temos que permanecer. Estamos próximos do G4 também. Vamos com o pensamento de irmos jogo a jogo, mas com ambição. Essa é a característica do nosso time - explicou Guilherme.

O G4 e a consequente vaga na fase de grupos evitariam, de início, a segunda e a terceira fases do principal torneio do continente. O próprio Alvinegro percebeu como é ruim fisicamente perder duas semanas de preparação. Mas estar novamente na Liberta é importante por três motivos principais.

O primeiro é diretamente financeiro. Existe no clube a percepção de que o próximo ano será mais difícil que o atual. Além do aumento das parcelas do Profut e do Ato Trabalhista, R$ 40 milhões recebidos como luvas de assinatura do contrato pelos direitos de transmissão das partidas não serão vistos novamente (o contrato com a TV Globo é de três anos). Assim, os milhões pela participação na Libertadores, se não compensam, serão muito bem-vindos.

A reboque, espera-se que uma nova participação no torneio resulte em aumento de visibilidade, o que aumenta a possibilidade de patrocínios e estimula a adesão de novos sócios-torcedores. O número vem crescendo desde o início da arrancada no Brasileirão do ano passado. Em janeiro deste ano, eram cerca de 22 mil, e hoje são exatos 36.672 sócios do tipo. Mais sócios significam mais dinheiro no debilitado caixa alvinegro.

O terceiro fator é técnico-histórico. Obtida a vaga na Libertadores de 2018, será a primeira vez que o Time da Estrela Solitária disputará o torneio em dois anos seguidos. A ideia de evitar a terra arrasada e dar sequência ao trabalho desenvolvido por Jair Ventura e pelo atual elenco é considerada básica, mas o clima para tal será melhor se o resultado desejado se confirmar.

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?A maior parte dos titulares e reservas que entram com frequência tem contrato para além do fim deste ano. Um deles é Marcos Vinícius, que sabe da dificuldade, mas exalta a disputa do Glorioso com os outros times da parte de cima da tabela.

- Foi uma vitória importante (sobre o Coritiba). Depois da eliminação na Libertadores, nada melhor do que uma vitória para acalmar. Vamos focar para estar no G4 e buscar de novo a vaga na Libertadores. Foi uma vitória importante - entende o meia.