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Idolatria e traumas: Prass e Vanderlei dividem protagonismo em clássico

Vanderlei e Prass se enfrentam no clássico entre Palmeiras e Santos - Arte/UOL Esporte
Vanderlei e Prass se enfrentam no clássico entre Palmeiras e Santos Imagem: Arte/UOL Esporte

29/09/2017 08h00

Desde 2015, Palmeiras e Santos se encontraram em clássicos decisivos, seja no Paulistão, Brasileiro ou Copa do Brasil. Em alguns, Fernando Prass levou a melhor; em outros, Vanderlei foi o destaque. Fato é que os dois goleiros acostumaram-se a decidir no encontro entre os dois times.

Neste sábado, às 19h, no Allianz Parque, eles terão a chance de brilhar em um dos jogos mais importantes do ano - o vencedor manterá vivo o sonho de alcançar o Corinthians na classificação do Brasileiro. E os goleiros, além do protagonismo frequente, têm histórias parecidas, na vida e na temporada.

Apesar de estarem em evidência novamente, Fernando Prass e Vanderlei não viveram só bons momentos em 2017. O goleiro do Palmeiras sofreu o baque maior no momento em que foi sacado do time por Cuca. Jailson entrou na vaga e vinha jogando bem, conseguindo, inclusive, manter sua invencibilidade de agora 23 jogos no Campeonato Brasileiro.

Foram seis jogos com Fernando Prass no banco de reservas, remoendo atuações contestadas. Porém, Jailson machucou o quadril na eliminação da Libertadores, e está prestes a voltar agora. Nesse período, o camisa 1 retomou o posto de titular, convenceu Cuca e o torcedor com atuações seguras, como as que levaram à idolatria no Verdão.

Contra Atlético-MG, Coritiba e Fluminense, Prass pegou pênalti e participações decisivas. Tanto que a torcida, que pedia sua saída para a entrada de Jailson, agora diz que ele deve ser mantido na sequência do Brasileirão. Além disso, o ídolo está próximo de renovar seu contrato por mais um ano pelo clube em que conquistou a Série B, Copa do Brasil e Brasileirão.

Do outro lado, nada de banco de reservas para Vanderlei. Aliás, debaixo das traves, a temporada foi só de alegrias para o camisa 1 do Peixe. O baque veio de outra forma.

Depois de receber visitas do ídolo Taffarel e atual preparador de goleiros da Seleção Brasileira, Vanderlei viu de perto a chance de ser chamado pela primeira vez para servir seu país, conquista que Prass tem em 2016, quando chegou a ser convocado para atuar na Olimpíada. Porém, a frustração veio com o anúncio de Tite, que preferiu Cássio, do Corinthians.

Apesar de não deixar transparecer a decepção, o goleiro santista precisou do apoio dos companheiros de time e da comissão técnica e seguiu sendo o melhor jogador do Santos na temporada. Tudo aconteceu no mesmo ano em que o camisa 1 quebrou um dos dedos da mão esquerda, o que lhe custou 11 jogos no departamento médico, incluindo partidas da Libertadores.

Por mais momentos bons do que ruins, se espera no Palmeiras o Fernando Prass decisivo, o mesmo da final da Copa do Brasil de 2015, que parou santistas. Do Santos, o Vanderlei de 2017 ou até mesmo o da semifinal do Paulistão de 2016, que parou palmeirenses.

Antes da bola rolar, a tranquilidade e a personalidade forte dos sulistas é o que dita o ritmo, principalmente com a seriedade.

"Será um jogo equilibrado. O histórico de Santos e Palmeiras sempre foi assim. São duas equipes parelhas, segunda contra quarta. Além disso, é um confronto direto. Sabemos que o Corinthians tem um jogo difícil contra o Cruzeiro, mas temos que fazer nossa parte. Precisamos tentar vencer o maior número de partidas possíveis até o final para ver o que vamos conseguir lá na frente. Tenho que estar sempre pronto. Não importa se é o Palmeiras ou qualquer outra equipe", projeta Vanderlei.

"Importante por vários motivos, um deles, natural, é a rivalidade história entre as equipes. E a pontuação e a chance de com uma vitória não depender de ninguém para ganhar a posição do Santos, e aí dependendo do jogo do Grêmio, também. Pensando para frente, seriam três vitórias com outro jogo em casa. Mas vamos jogo a jogo", acrescentou Prass.