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Entrada de Clayson surte efeito, mas cria "problema" para Carille

Marcello Zambrana/AGIF
Imagem: Marcello Zambrana/AGIF

08/11/2017 06h30

A mudança do "Corinthians ideal" surtiu o efeito desejado pelo técnico Fábio Carille. Em busca de mais velocidade e profundidade, o treinador colocou Clayson no lugar de Jadson e viu o Timão marcar três gols em cima do Palmeiras, no último domingo. Apesar de ter aprovado a alteração, Carille agora tem um problema: não tem outro jogador com características parecidas caso precise deixar a equipe ofensiva.

Ao contrário de Romero, Clayson ainda não consegue manter a intensidade durante os 90 minutos e é visto como uma substituição praticamente certa na parte final do segundo tempo. No Dérbi, por exemplo, ele saiu aos 39 minutos da etapa final, quando já havia perdido o gás.

No elenco corintiano, quem poderia assumir essa função é Marquinhos Gabriel, que se recupera de um estiramento na coxa direita e deve perder mais quatro jogos. Com isso, Carille ainda terá esse problema nesta quarta-feira, às 21h, contra o Atlético-PR, na Arena da Baixada, pela 32ª rodada do Brasileirão.

"Se começar com o Clayson e tiver que ser mais ofensivo no segundo tempo, eu não tenho. Com Marquinhos, teria mais opção, mas agora só tenho o Clayson com essas características. Tenho certeza de 60 ou 70 minutos dele inteiro, mas não os 90. É um jogador que não consegue terminar o jogo bem, a parte final dele a gente tem melhorado", afirmou Carille, que já teve esse problema no clássico.

"Terminei o jogo sem um velocista, porque o Marquinhos está machucado. Se eu não estou com o resultado, não tem o Clayson no fim do jogo e fica difícil. Vi que ele já tinha perdido o gás, e até o deixei por um tempo, mas tive que tirá-lo no fim", disse Carille.

Nesta quarta, Clayson terá novamente uma chance no time titular. Jadson, que perdeu a vaga no Dérbi, terá de cumprir suspensão pelo terceiro amarelo.

PEDRINHO É VISTO COMO MEIA

Muitos torcedores corintianos questionam o motivo de não colocar Pedrinho na posição. Na avaliação da comissão técnica, embora tenha atuado em algumas partidas pelo lado do campo, o jovem de 18 anos é um meia articulador, e não um atacante de profundidade.

"O Pedrinho é meia, não é atacante. Meia inteligente, de boa condução, de infiltrar com a bola, não é jogador que você lança no pau de escanteio e ele vai receber. É um jogador de drible e infiltração. Guardadas as proporções, ele é mais Messi, que vem receber a bola para enfrentar, do que para receber a bola em profundidade, que é Clayson", analisou