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Presidente explica os próximos passos até o Botafogo treinar no CT

Pedro Ivo Almeida/ UOL
Imagem: Pedro Ivo Almeida/ UOL

10/11/2017 06h00

Ao pé da letra, o que o presidente do Botafogo, Carlos Eduardo Pereira, assinou na noite desta quinta-feira foi o "contrato de promessa de compra e venda com alienação fiduciária". O nome do procedimento jurídico é extenso, a prática pode gerar dúvidas, mas o mandatário alvinegro explica porque a solenidade foi tão festiva, mesmo ainda distante do início dos treinos no novo centro de treinamentos. Em entrevista exclusiva ao LANCE!, ele esclareceu dúvidas e analisou os próximos passos do para a mudança do time profissional e das categorias de base para o Espaço Lonier, em Vargem Pequena, na Zona Oeste.

Afinal, por que essa confusão no terreno?

É uma aquisição que está sendo feita de dois vendedores. O Espaço Lonier tem a maioria do terreno e a Esta (Empresa Saneadora Territorial Agrícola) tem três terrenos. Cada grupo vendedor de um terreno tem pendências, que estão na promessa (de compra e venda com alienação fiduciária). Por isso há o prazo de 90 dias para que cada parte cumpra as pendências, prorrogáveis por mais 90 dias, e estão interligados, os dois lados (Lonier e Esta). Precisamos que os dois cumpram para a escritura definitiva. Por isso há a expectativa de até 180 dias para que a gente venha a tomar posse definitiva do terreno.

Há possibilidade de o time começar a treinar lá antes deste tempo?

A ideia é ir de vez porque é preciso ir de vez, fazer marcações do campo mais adequado. Neste período, vamos fazer o planejamento para o desenvolvimento da área, para que saibamos cada passo que precisamos dar e projetar o futuro.

O que faz o Botafogo estar otimista de que não vai precisar postergar o prazo e isso vire uma agonia?

Acho que não (há motivo para agonia ou preocupação) por causa da avaliação jurídica. Um escritório foi contratado exatamente para isso, para minorar os riscos, colocá-los praticamente a zero. São procedimentos burocráticos que faltam. Todas as escrituras foram analisadas com profundidade. A origem e o histórico de cada uma que compõem o espaço como um todo. Não vejo risco. Pelo contrário. Há um cuidado sério da parte dos Irmãos (Moreira Salles, financiadores) no sentido de que o pagamento será feito só na hora da escritura definitiva. Então, as partes que estão vendendo certamente vão continuar empenhadas na regularização dos terrenos para que possa ser feita.

Quais investimentos o Botafogo pretende fazer no local?

Basicamente, o que faremos como primeiro passo é um planejamento com um escritório de arquitetura, um master plan para olhar para o futuro e procurar fasear este trabalho no tempo. Isso gastando, neste primeiro momento, essa linha de crédito de até mais R$4,7 milhões e, posteriormente, planejando investimentos que o clube venha a poder realizar. A ideia, num primeiro momento, é dar a estrutura para que o time profissional e para a base comecem a treinar lá de maneira integrada.

Os campos, atualmente, atendem às necessidades?

Precisam de um processo de nivelamento e replantio de grama nos melhores padrões. Hoje tem vários gramados lá, mas que não estão no padrão de futebol profissional. Esse ponto vai ter que ser evoluído. Pensamos em dois a três campos oficiais e, posteriormente, outros campos menores, além de campos de grama sintética para que possam ajudar no rodízio.

Haverá aumento ou reforma dos alojamentos?

Não, ainda não. A estrutura está pronta. Acabou de ser reformada pela delegação americana nos Jogos Olímpicos. Está rigorosamente nova.