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Após protesto, Palmeiras faz B.O. e promete se afastar de organizadas

13/11/2017 14h34

O Palmeiras informou na tarde desta segunda-feira que fez um boletim de ocorrência e vai solicitar abertura de inquérito policial sobre o protesto deste domingo, quando torcedores foram até a porta da Academia de Futebol e atiraram objetos contra os veículos que levavam a delegação para o jogo contra o Flamengo, no Allianz Parque. A manifestação foi organizada pela Mancha Alviverde, principal torcida organizada do clube.

A nota assinada pelo presidente Maurício Galiotte diz que duas pessoas foram atingidas por estilhaços de vidros - de acordo com quem estava presente, o atacante Keno e a nutricionista Alessandra Favano, que não se machucaram,

Além de cobrar a apuração do caso, o clube promete se distanciar das torcidas organizadas. O texto informa que não haverá mais qualquer tipo de diálogo autorizado entre elas e os jogadores. Em abril, por exemplo, lideranças da Mancha tiveram uma reunião com o elenco dentro da Academia de Futebol. A promessa é de que essa cena, inimaginável com o ex-presidente Paulo Nobre, não se repita mais. Pares do atual presidente dizem que ele vetou um novo encontro sugerido pelos organizados na última sexta-feira.

Quando assumiu o cargo, Galiotte trabalhou para encerrar o clima bélico entre clube e organizadas, fruto dos quatro anos de relações rompidas por decisão de Nobre. Clube e Mancha se ajudaram na organização de algumas festas, como a recepção a Borja, e um canal para diálogo foi aberto. Agora, o Palmeiras considera que "a linha do respeito" foi rompida.

Veja a nota de Maurício Galiotte:

A Sociedade Esportiva Palmeiras lavrou Boletim de Ocorrência e irá solicitar a abertura de inquérito policial para que se apure o lamentável episódio deste domingo (12) envolvendo o ataque aos veículos que transportavam a delegação para a partida contra o Flamengo.

Dois integrantes do Departamento de Futebol do Palmeiras foram atingidos por estilhaços dos vidros que foram quebrados por manifestantes que acompanharam a saída do ônibus da Academia de Futebol.

Muito mais do que danificar um patrimônio do Palmeiras, colocar em risco a integridade física de seres humanos, profissionais que estavam no exercício de suas atividades, é inadmissível e injustificável. Por isso não vamos tolerar tais condutas.

Como Presidente do Palmeiras reforço que, enquanto eu ocupar este cargo, não haverá qualquer tipo de diálogo autorizado pela Diretoria entre integrantes de torcidas organizadas e jogadores do clube.

Reitero que seguirei mantendo a política de não conceder qualquer privilégio às torcidas organizadas. O clube valoriza muito seu torcedor e respeita todos os protestos, desde que sejam feitos em local e maneira adequados. Atos de violência são inaceitáveis e por isso serão reprimidos.

O Palmeiras irá fornecer todas as provas, imagens e testemunhos de quem acompanhou o episódio para auxiliar as autoridades.

Maurício Galiotte

Presidente da Sociedade Esportiva Palmeiras