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Dorival nega depender de Cueva e vê time punido por mudar característica

15/11/2017 22h26

O São Paulo ficou três rodadas sem Cueva, e não venceu nenhuma delas, contra Chapecoense, Vasco e Grêmio. Mas Dorival Júnior nega qualquer dependência do peruano, que está com sua seleção, e explica a derrota para o Tricolor gaúcho, nesta quarta-feira, em Porto Alegre, pela insistência da equipe em abrir mão da posse de bola para apostar em lançamentos no primeiro tempo.

- Estávamos alongando, querendo chegar com velocidade. Quando jogamos com bola no chão, aproximação, tivemos chance mesmo contra uma das melhores equipes da competição, que joga com posse. Sempre que não jogamos próximos, não resolvemos. Parece que esquecemos disso, e acabamos sempre penalizados, sofrendo gol - avaliou.

- Tivemos dificuldades querendo sair com bolas alongadas, o que não é a nossa característica. Quando fizemos isso, perdemos a bola. No intervalo, pedi atenção, para manter a posse. Invertemos a forma de jogar, mas não encontramos o gol. Faltou abrir o jogo, o Grêmio congestionou a frente da área. Mesmo assim, criamos, fizemos um gol anulado que não sei a condição - disse, lembrando do gol de Pratto, sem reclamar se o argentino estava ou não impedido.

Em relação a Cueva, que deve estar à disposição para enfrentar o Botafogo, no domingo, no Pacaembu, o treinador preferiu não criticar Maicosuel, seu substituto nesta noite, ou Shaylon, que entrou em seu lugar na semana passada. Lembrou que a equipe criou oportunidades, mesmo sem o camisa 10 peruano.

- É natural a falta de criação sem o Cueva, mas, mesmo assim, criamos. Futebol não se resume a um jogador, para o lado positivo ou negativo. É natural falar isso porque não vencemos sem ele nas três últimas rodadas, mas já jogamos com e sem ele e precisamos saber atuar. O que me preocupa foi o primeiro tempo, fugindo de nossas características.

Veja outros temas abordados por Dorival Júnior nesta quarta-feira:

Hernanes suspenso no domingo

Como ficamos sem Cueva por algumas rodadas, teremos tranquilidade sem o Hernanes para equilibrar a equipe e ter a equipe mais forte possível.

Frustrado se ficar fora da Libertadores?

Se as pessoas souberem tudo que fizemos, o trabalho dos garotos, o torcedor vai entender qualquer situação, seja a confirmação da saída ou possibilidade mínima de briga por vaga. Faremos o nosso máximo. Não foi um trabalho fácil nem simples, e o torcedor entendeu, tanto que abraçou a equipe em todos os aspectos. Fizemos um segundo turno de recuperação muito bom, o São Paulo teve pontos importantes, construiu regularidade e esperamos voltar a tê-la para ter um final de campeonato um pouco diferente. Nós pensamos em pontuar o quanto antes, buscar objetivo principal, continua sendo o máximo número de pontos para nos livrarmos de qualquer risco.

Final da Libertadores

Chega o Grêmio merecendo à final da Libertadores, bem comandado pelo Renato, que fez uma equipe muito competitiva, agradável de se ver jogar, ofensiva, com mobilidade e o Luan, que é um dos melhores que temos. Sempre torço pelo time brasileiro. Sempre que tivermos competição internacional, independentemente de sermos adversários, torço para que dê certo. Sinto o Grêmio, principalmente na volta do Luan, uma equipe muito forte, consistente, com alternativas, mobilidade muito grande, jogadores agudos, Fernandinho recuperado, com belo futebol, e um garoto fantástico pelo lado do campo. Confio muito no trabalho do Renato, o Brasil chega forte na final da Libertadores.