Polícia apura caso de cambismo no Palmeiras; Leila Pereira será ouvida
A Polícia Civil já está apurando o caso de cambismo no Palmeiras em que o ex-presidente Mustafá Contursi é investigado. Seraphim Del Grande, presidente do Conselho Deliberativo (CD) do clube, e Paulo Serdan, conselheiro do Verdão, já foram ouvidos. Nesta quinta-feira será a vez de Leila Pereira, patrocinadora e também conselheira, tratada como vítima.
O esquema começou a partir dos 70 ingressos que Mustafá recebia gratuitamente de Leila Pereira. O ex-presidente encaminhava essas entradas a Eliane, sócia do clube ligada a ele e quem seria a responsável por levar os ingressos a um membro de torcida organizada; este fazia a revenda, quase seis vezes acima do valor previsto para as entradas naquele setor.
A prática veio à tona quando Eliane parou de receber ingressos. Ela teria recorrido a Paulo Serdan, ex-presidente da Mancha Alviverde, dizendo que estava sendo ameaçada. Serdan, que é conselheiro do Palmeiras, levou a história a Seraphim Del Grande, que decidiu abrir a investigação no CD. Por isso, os dois já foram ouvidos pela Polícia.
De acordo com o início do inquérito do Ministério Público, a dona da Crefisa é uma vítima, já que cedia ingressos gratuitamente na boa fé ao seu aliado político. Seria, portanto, investigado o que aconteciam com os bilhetes a partir de Mustafá.
O caso será tema também de uma sindicância no CD e não há um prazo para que se encerre a apuração no clube - ela correrá também de acordo com o ritmo das investigações do MP. Mustafá Contursi ainda deve ser ouvido.
O problema com os ingressos gerou o rompimento de Leila Pereira e Mustafá, antes seu padrinho político. A conselheira e dona da Crefisa disse ter ficado muito decepcionada e por isso cortou a relação com o ex-dirigente. Ela, inclusive, avisou que deseja ser candidata à presidência do clube no futuro.
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