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Indefinições, reunião e inscrições de chapinhas: política agita Corinthians

05/12/2017 07h00

O Corinthians vive momento político turbulento. Após o vazamento do áudio do secretário geral do clube, Antônio Jorge Rachid Júnior, prometendo pagamento a sócios em troca de votos, as chapas dos candidatos Felipe Ezabella e Romeu Tuma Júnior requisitaram a exclusão dos associados regularizados de forma anistiada (entenda mais sobre a polêmica abaixo). A Comissão Eleitoral ainda vai analisar o pedido e deve dar a resposta ainda nesta semana.

Outra indefinição é em relação a Paulo Garcia, que foi o responsável por pedir ao secretário geral procurar sócios em débito com o clube. Ele não lançou sua candidatura, mas deu outro indício de que pode ser candidato ao ir na reunião da Comissão com as chapas na noite da última segunda-feira, no Parque São Jorge. O prazo para oficializar a candidatura é dia 19 de novembro.

Além da reunião, a segunda-feira foi movimentada no Parque São Jorge por conta do início das inscrições das chapinhas para o Conselho Deliberativo. Novidade nesta eleição, cada grupo de 25 candidatos serão colocados em votação. No fim, oito chapinhas serão eleitas e duas ficarão como suplentes independentemente do presidente votado. Antes, quem era eleito carregava consigo o chamado "chapão", com 200 conselheiros.

Pelas redes sociais, as chapinhas intensificaram as campanhas com fotos das inscrições. A chapinha Lava Jato, por exemplo, se gaba por ter sido a primeira a se inscrever no Parque São Jorge. Assim como é o prazo para os candidatos a presidente, os grupos terão até dia 19 para se inscreverem.

Até agora, os candidatos a presidente são: Andrés Sanchez, Romeu Tuma Júnior, Antônio Roque Cittadini e Felipe Ezabella. A eleição será realizada no dia 3 de fevereiro.

OS CANDIDATOS A PRESIDENTE:

Andrés Sanchez é da chapa Renovação e Transparência, que comanda o clube desde 2007. Uma das promessas de campanha é colocar Ronaldo Fenômeno no Corinthians. Ele foi presidente de 2007 a 2011, sendo o principal responsável pela construção da Arena.

Romeu Tuma Júnior, da chapa Democracia Corinthiana Participativa, é o candidato mais crítico à situação do clube. Ele foi vice-presidente de futebol do Corinthians entre 1994 e 1995 e atualmente é conselheiro.

Antônio Roque Citadini, da chapa Corinthians + Forte, foi vice-presidente de futebol do Corinthians entre 2001 e 2004, e obteve 43% dos votos nas eleições presidenciais de 2015. Um dos seus vices é Osmar Stábile, que pretendia lançar sua própria candidatura e optou por se unir.

Felipe Ezabella, do Movimento Corinthians Grande, conta com o apoio de dissidentes do grupo Renovação e Transparência. Nomes influentes no Parque São Jorge, como Raul Corrêa, Sergio Alvarenga, Fernando Alba, Evandro Guimarães e Fausto Bittar Filho, estão no movimento.

A POLÊMICA DA ANISTIA:

O Corinthians lançou uma campanha que permite que qualquer sócio inadimplente tenha 50% de desconto na taxa de reativação do título pagando já a mensalidade de janeiro. Porém, o estatuto proíbe qualquer anistia financeira a partir de 12 meses antes da eleição.

Com esse imbróglio, o secretário geral do clube, Antônio Jorge Rachid Júnior, prometeu regularizar sócios que estejam inadimplentes em trocas de votos na eleição. Ele enviou áudio por WhatsApp e depois confirmou que falava em nome de Paulo Garcia, que admitiu ter feito pagamentos.

As chapas de Felipe Ezabella e Romeu Tuma Júnior requisitaram a exclusão dos associados regularizados de forma anistiada.