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Valentim cogitava ficar, mas diz que entende decisão do Palmeiras

06/12/2017 15h37

Alberto Valentim deixou o Palmeiras por decisão da diretoria. Ele confirmou nesta quarta-feira, em entrevista à ESPN Brasil, que cogitava a possibilidade de permanecer no clube como auxiliar após a conversa que teve com Alexandre Mattos na segunda-feira. No dia seguinte, foi demitido.

- Conversei com o Alexandre e com o Cícero (Souza, gerente de futebol) na segunda-feira. Foi uma conversa boa para que eu continuasse. E ontem houve uma outra conversa, fechando o meu ciclo no Palmeiras. Entendo que era momento de sair, porque poderia ir para outra equipe - disse Valentim.

Antes mesmo de acertar com Roger Machado, o Palmeiras convidou Valentim para voltar à função de auxiliar em 2018. O clube esperava que a reunião de segunda-feira terminasse com uma definição sobre o assunto, mas o ex-jogador pediu mais tempo para pensar se preferia continuar ou iniciar de vez a vida como treinador. O receio de que ele pudesse deixar o clube em meio à temporada caso recebesse um convite de outra equipe.

- Deixei muito claro para as equipes que estavam me sondando durante o campeonato que eu não conversaria, que só veria o futuro depois do campeonato. Sei que meu nome apareceu em alguns clubes, algumas sondagens estão sendo feitas. Espero voltar a trabalhar no ano que vem, quero muito. Me preparei muito para ser treinador e espero ter uma oportunidade rapidamente para, em 2018, fazer coisas boas como treinador - disse ele, que está cotado no Sport e no Atlético-PR.

Valentim foi auxiliar do Palmeiras de 2014 a 2016, dirigiu o Red Bull no Campeonato Paulista de 2017 e logo retornou à comissão técnica fixa alviverde. Em sua quinta e mais longa passagem como interino, somou seis vitórias, quatro derrotas e um empate, tirando a equipe da quinta colocação e levando para o vice-campeonato. Por isso, ele acreditava que pudesse ser efetivado.

- Quase no fim do campeonato, eu soube da contratação do Roger. Respeito profundamente, de verdade mesmo, a diretoria, o Alexandre, o presidente, o Cícero, as pessoas que comandam o futebol do Palmeiras. Tinha uma esperança, sim, de ser treinador, mas deixei claro em todas as entrevistas que estava tentando fazer o melhor e que depois a diretoria decidiria.

- Pude mostrar um pouquinho do meu trabalho. É legal e gratificante quando você consegue passar coisas do treinamento para o jogo. E isso aconteceu muitas e muitas vezes - completou.