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Fica de olho! Libertadores, inspiração em Gabriel Jesus, passinho e dribles: as metas de Paulo Vitor para 2018

08/12/2017 08h30

Fica de olho! Paulo Vitor começou a aparecer para a torcida do Vasco no início de 2017, quando desandou a fazer gols pelo Carioca Sub-20. A comemoração era uma brincadeira entre os amigos da categoria, sugerindo que a direção e a comissão técnica do profissional estavam de olho no garoto. E estava mesmo. No profissional, rapidamente vieram as oportunidades e com boas atuações e sem medo de encarar os marcadores, o jovem caiu rapidamente nas graças da torcida. Feliz com o bom desempenho, ele mira um 2018 ainda melhor.

- Acho que foi um ano muito bom. Tenho que agradecer a Deus, minha família e ao Vasco por me proporcionar isso. Foi um ano que aprendi muito, com alguns erros, alguns acertos. É juntar tudo isso e fazer um 2018 ainda melhor. Quero alcançar meus objetivos no ano que vem. Vou trabalhar mais, focar mais. Quero ter uma sequência boa de jogos e me firmar como titular do Vasco - disse Paulo Vitor, em papo com o LANCE!

Durante a entrevista, Paulo Vitor mostra que é um jovem agitado. E pra acalmar ele, estavam presentes os pais Denilson e Rosane, além da irmã Nathane. Pouco depois, o também atacante Denilson (que herdou o nome do pai e jogou no São Paulo no último Brasileirão) apareceu. E foi graças a ele que PV começou a carreira, como conta o pai:

- O Denilson fazia escolinha e eu levava o Paulo Vitor. Teve um dia que um menino faltou e chamaram ele pra completar. No primeiro domínio já viram que ele era diferente. No fim do treino, um dos professores me chamou e perguntou se podia levar ele para algumas peneiras. Eu autorizei.

E foi com oito anos que a história de Paulo Vitor começou no Vasco. Onze anos depois (uma passagem polêmica pelo Fluminense no meio) e como uma das promessas do profissional, ele sonha em fazer uma grande Libertadores pelo Cruz-Maltino junto de outras joias da Colina:

- Acho que nós, que viemos da base, temos uma identificação maior porque vivemos o clube. A maior parte da infância foi lá dentro, convivendo com pessoas que fazem e fizeram parte da história do clube. Isso é muito importante. Colocamos tudo isso dentro de campo, fizemos o melhor e ajudamos a alcançar os objetivos que foram traçados. Os mais experientes também nos ajudaram muito.

E com os jogadores indo cada vez mais cedo para a Europa, Paulo Vitor admite o sonho de atuar no Velho Continente. No entanto, a vontade de fazer história e retribuir o que o Vasco já fez por ele não é esquecida:

?- Todo jogador novo, que tem sonhos, sonha em jogar na Europa, ter uma vida estabilizada. Mas não penso nisso ainda. Para chegar lá, tenho que ir bem no Vasco. Quero buscar títulos aqui, fazer grandes jogos. Viver primeiro o clube que me criei, retribuir tudo que eles fizeram para eu virar profissional. As propostas, se chegarem, serão estudadas, mas quem decide isso é o Vasco.

LAMBRETA: 'SE TIVER QUE FAZER DE NOVO, VOU FAZER'

Um dos lances que marcou Paulo Vitor nesta curta carreira como profissional foi a lambreta que tentou para cima dos defensores do Botafogo, na vitória por 1 a 0 do Vasco, no Brasileirão. Cobrado na ocasião pelos adversários, o atacante mostra que vai continuar fazendo se tiver novas oportunidades:

- O lance não foi pra provocar ninguém do Botafogo. Foi em busca do gol, improviso, um recurso. No momento, quando os jogadores do Botafogo vieram, os meus companheiros pediram pra eu ir pra cima de novo. Essa confiança, esse apoio é muito importante. Se tiver que fazer de novo, eu vou fazer. Independente de ser lambreta, elástico, pedalada... são recursos, sem essa de provocação.

FÃ DE ROMÁRIO, IMPERADOR E INSPIRAÇÃO EM GABRIEL JESUS

Uma das inspirações de Paulo Vitor é o atual camisa 9 da Seleção Brasileira, Gabriel Jesus. Com estilos parecidos, o vascaíno teve uma história parecida com a do atacante do City. Apesar de não ser muito alto, começou a ser utilizado como centroavante. E disse que joga aonde precisar:

- O início da minha adaptação para jogar como centroavante foi no juvenil. Me inspirei muito nele (Gabriel Jesus), ficava olhando os vídeos, as movimentações, posicionamento dele. Acho que tenho um estilo parecido, muita força, velocidade... gosto de jogar naquela posição. Mas não tenho problema em definir uma posição ou outra. Jogo de centroavante, de lado, já atuei na meia, lateral, goleiro. Eu tenho até troféu de goleiro em campeonato de base, pode perguntar para os meus pais. Mas eu não cresci, aí fui pra frente (risos).

Perguntado sobre quem são seus ídolos, Paulo Vitor lembra de dois nomes bastante conhecidos da torcida carioca:

- O Romário é um deles. O Adriano Imperador, esse eu sou muito fã. Gabriel Jesus, que se firmou muito rápido no profissional. Também gosto muito do Willian, do próprio Neymar, o meu irmão (Denilson, que esteve no São Paulo no último Brasileirão) que é muito importante, é um exemplo que tenho dentro de casa, me dá muitos conselhos.

CONSELHOS DO IRMÃO DENILSON

Paulo Vitor é irmão do também atacante Denilson, que disputou o último Campeonato Brasileiro pelo São Paulo. E diz que a relação com o irmão é boa. As conversas e conselhos do mais velho, que já passou por Fluminense, Granada (ESP), Neftchi (Azebaijão), Avaí e São Paulo.

- São quatro anos de diferença. A gente conversa muito, é mais aquela experiência que ele já teve. Ele já esteve no alto, em baixa, no alto de novo. Ele procura dividir isso comigo, isso é muito importante pra mim - diz o mais novo, endossado pelo irmão mais experiente:

- Nossa relação não é tão próxima. Apesar de termos a mesma profissão, a distância acaba atrapalhando a nossa convivência. O que posso falar dele é que é um jogador que procura ir pra cima, que o Brasil está precisando com essas características. É um jogador que cumpre muito bem as ordens técnica e táticas. A oportunidade que ele teve esse ano, ele soube aproveitar. O que tento aconselhar a ele é para ele não cometer os erros que cometi, o futebol pune, a bola pune e creio que ele vá brilhar muito em 2018. É um jogador que tem muito a dar pro Vasco e pra Seleção Brasileira.

DUELO DE PASSINHO COM PAQUETÁ E VINÍCIUS JR

Além dos dribles e dos gols, Paulo Vitor também mostra outra habilidade nos vídeos dos bastidores do Vasco: a de dançar funk. Questionado pela reportagem se existe uma rivalidade com os jovens Paquetá e Vinícius Jr, do rival Flamengo, que também fazem o passinho, PV brinca:

- Aqui no Vasco tem eu, tem o Alan... No Flamengo tem o Paquetá, o Vinícius Júnior, eles fazem muito também. Mas é mais na hora da brincadeira, não tem essa rivalidade não. Se tivesse um duelo, acho que ia dar Vasco (risos).