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Camilo volta a falar sobre a saída do Botafogo: 'Não foi uma decisão fácil'

Thiago Ribeiro/AGIF
Imagem: Thiago Ribeiro/AGIF

18/12/2017 08h00

Em 2016, Camilo foi engrenagem que chegou ao Botafogo, se encaixou e fez o meio-campo funcionar. Com ele municiando o ataque, o Glorioso arrancou da zona de rebaixamento e se classificou à Copa Libertadores. Problemas de toda ordem resultaram num 2017 diferente, e o então camisa 10 se transferiu para o Internacional. Em setembro, ele já havia falado ao LANCE! que o carinho com o Alvinegro continuava, e voltou a lembrar a saída.

"Não foi uma decisão tão fácil. Tem a família, a esposa... mas tive um desgaste no clube. Foi uma coisa que nunca tinha acontecido. Só tenho a dizer que abracei o clube de corpo e alma. Os jogadores de 2016 pediram para eu ser um dos líderes e eu fui até o final para o time ter sucesso", comentou o meia de 31 anos, durante evento beneficente na tarde deste domingo, na Zona Oeste do Rio. E completou:

"Fica a minha gratidão ao clube. Agora são novos ares e a gente fica triste pelos companheiros que não conseguiram a classificação esse ano. E todos os funcionários, que tem meu respeito - disse.

Em julho, após virar reserva e ter severa discussão com o técnico Jair Ventura, o ambiente de Camilo não estava bom no Botafogo. Em determinado momento ele chegou a abandonar um treinamento, mas a situação havia sido contornada, à época. Não houve jeito. De todo modo, ele garante que só guarda sentimentos bons.

"Mágoa, não. São situações do futebol. Acho que pude contribuir. Não vinha passando por boa fase, mas tinha algumas coisas como pré-temporada curta, lesões - não sérias - e o desgaste que eu tive com o treinador e com um dirigente. Com o dirigente, nada demais, estava brigando pelo grupo para termos melhoria no clube para termos mais vitórias", explica, dando a entender que o entrevero com Jair foi mais grave.

Mesmo assim, o atleta que ajudou no acesso Colorado de volta à Série A do Campeonato Brasileiro não se arrepende. E parece entender a condição de reserva a qual foi designado no Alvinegro, naquele momento.

"Acho que o time estava bem, e ele me deu carta branca. Eu tive a oportunidade do Inter, que é um grande time. Vieram duas vezes, veio forte na segunda e eu pude abraçar essa causa. Sou grato ao Inter. Uma camisa muito forte no futebol brasileiro", explica.