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Palmeiras abre processo contra a WTorre para receber R$ 14 milhões

20/12/2017 20h58

O Palmeiras entrou com um processo na terça-feira contra a WTorre, cobrando R$ 13.957.544,65 por quantias não repassadas de eventos na arena desde 2015. A informação foi divulgada inicialmente pelo site do Esporte Interativo.

A WTorre ainda não foi notificada e isto deve acontecer apenas em janeiro, por conta do recesso no judiciário. O Palmeiras quer receber percentuais que teria direito, por contrato, em aluguéis para shows, vendas de cadeiras e produtos na arena, além das multas previstas em contrato de quando o Verdão precisa atuar fora do Allianz Parque.

Estes repasses não estão sendo feitos, pois a WTorre cobra valores de manutenção da arena que o Palmeiras contesta. Isto é tema de discussão na corte arbitral e ainda não há prazo para resolução.

O valor cobrado pelo Verdão nesta ação foi tirado a partir das notas apresentadas pela construtora ao clube em demonstrativos financeiros. É considerada, portanto, uma quantia "incontroversa", de direito do Verdão, tomando como base o acordo de 30 anos assinado pelos parceiros. Por isso, a discussão é na Justiça Comum, não na arbitragem.

A WTorre, procurada, enviou uma resposta de seu advogado, Ricardo Tepedino, confirmando que ainda não foi notificada. O clube não se pronunciou.

"Como a execução foi proposta ontem (terça), naturalmente ninguém foi notificado e nem o será antes do fim do recesso, em 8 de janeiro. No entanto, só pelo que declara o clube, violando mais uma vez o sigilo da arbitragem (eles já foram multados em R$ 500 mil por conta disso, que já está sendo cobrado em execução da 1ª Vara de Falências e Arbitragem), percebe-se tratar-se de uma execução amalucada: nem há nada devido, pois o Palmeiras nunca pagou um centavo das despesas decorrentes dos jogos, como manda o contrato, e a balança pende para a WTorre (ou seja, Palmeiras tem a pagar), como essa discussão já se trava na arbitragem, não podendo ser reeditada no Judiciário. O Palmeiras entrou com uma ação incabível para cobrar uma quantia indevida. Não sei qual o saldo, isso depende de apuração que será feita na arbitragem, e não numa execução", respondeu.