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Bom nome para o Botafogo? Barros tem retrospecto de apostas certeiras

Paulo Fernandes/Vasco.com.br
Imagem: Paulo Fernandes/Vasco.com.br

26/12/2017 07h00

Quando o tema é aposta na juventude, Anderson Barros parece ser um nome de respeito. Assim, ao que tudo indica, o Botafogo mandou bem ao optar pelo retorno do dirigente, que deixou o clube há cinco anos após divergências com o então presidente Maurício Assumpção.

Juventude em todos os sentidos que possam sem empregados no futebol: jogadores e técnicos. Foi Anderson, por exemplo, que levou Zé Ricardo para o Flamengo, em 2005, hoje um treinador respeitado e da nova geração. A vida do dos se separou em 2006, quando Anderson foi para o Figueirense, que em 2007, viria a ser vice da Copa do Brasil. Ele não voltou mais para o Flamengo. Quem retornou foi o Zé, que deixou o Fla em 2008 e retornou em 2012.

Zé Ricardo conduziu o time ao título da Copinha de 2016, diante do Corinthians, com Pacaembu lotado. Dois anos antes, na final da Copa da Amizade Brasil-Japão, o Rubro-Negro goleou o Timão por 5 a 0, no Rio. Após doença de Muricy Ramalho, Zé foi alçado aos profissionais. No Brasileirão, ficou só no "cheirinho", mas fez história, afinal, o Flamengo bateu o recorde de pontos (71), apenas um a menos que a do Corinthians campeão brasileiro de 2017. No ano seguinte, título invicto do Carioca, 100% de aproveitamento em casa na Libertadores e demissão com 62,2 %.

Reencontro com Zé Ricardo no Vasco

Em agosto, Zé Ricardo e Anderson voltaram a se encontrar, agora no Vasco. Mais uma vez, Barros apostou na juventude de Zé (hoje com 46 anos). E deu certo: após seis anos, o time está de volta à Libertadores, roubando a vaga do próprio Botafogo. Coincidência ou não, foi um ano de bons frutos na base vascaína: Paulinho, Paulo Victor e Douglas.

Além de Zé Ricardo, ele também parece gostar muito de um trabalho de um outro treinador novo: sim, Jair Ventura. Muito amigos, a chegada de Barros foi vista, também, como uma tentativa de manter o técnico no Botafogo.

Outros trabalhos

Botafogo, que por sinal, foi onde trabalhou Barros entre 2009 e 2012. Ele foi importante para trazer nomes como Seedorf, Loco Abreu e Herrera. Foram três títulos no período, além do Glorioso ter revelado Vitinho e Dória. Em 2013, Barros já estava fora do clube, mas montou o elenco que viria a ser campeão carioca.

Formado em Educação Física e pós graduado em administração esportiva, Barros começou no futsal do Vasco e depois seguiu para o do Flamengo, até chegar ao campo, mas também rodou em outras equipes. No Vitória, por exemplo, esteve à frente do time que subiu à Série A e conseguiu a permanência no ano seguinte. Ainda no Rubro-Negro, conseguiu levar o atacante Marinho para lá.

É com essa ousadia e conhecimento de apostar na base aliado à bons trabalhos no profissional, que Anderson tem a missão de recolocar o Botafogo no caminho dos títulos. Por isso, a missão dele está bem traçada: desenvolver um sistema integrado entre base e profissional e trabalhará junto com o técnico Felipe Conceição, que adivinhem só, trabalha com categorias de base há quatro anos.

"O Botafogo resgata sua história, busca reforçar sua identidade com atletas da casa, conhecendo toda a história e tradição do clube. O grande desafio é realmente transformá-los através de um processo absoluto. O lado físico, projetos e também com a formação da equipe principal. É um grande desafio e entendo que estamos prontos. O Felipe Conceição já trabalhou na base do Botafogo e acredito que possa ser uma peça muito importante nesse processo", comentou Barros.